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Ex-presidente Juscelino Kubitschek pode ter sido mais uma das vítimas do regime militar, aponta Ministério dos Direitos Humanos

Morte de JK pode ter nova investigação após indícios de atentado | Foto: Reprodução

 Quase 50 depois do acidente que provocou a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek no ano de 1976, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), do Ministério dos Direitos Humanos, pode reabrir a investigação sobre as causas da morte do político cassado pela Ditadura Militar.

A principal motivação para essa revisão é um laudo recente, que não descarta a possibilidade de que o incidente tenha sido um atentado político. Se confirmado, o documento pode colocar JK como mais uma das vítimas do regime militar. Atualmente, a conclusão oficial do caso aponta um acidente automobilístico.

O governo federal considera a reabertura do inquérito um tema de interesse público e reforça a necessidade de esclarecer os fatos. A Comissão, formada por sete integrantes, deve analisar a solicitação ainda esta semana.

Sobre o acidente

Em 22 agosto de 1976, há três semanas de completar 74 anos, o motorista do Opala em que Kubitschek viajava perdeu o controle do veículo ao colidir com uma carreta na Rodovia Presidente Dutra, após supostamente ter sido atingido por um ônibus da viação Cometa antes de cruzar a pista em direção oposta.

As investigações conduzidas durante a Ditadura Militar concluíram que a batida foi acidental, versão corroborada pela Comissão Nacional da Verdade, em 2014, e por uma comissão externa da Câmara dos Deputados, em 2001.

No entanto, as novas apurações indicam inconsistências nessa narrativa. Comissões estaduais da Verdade de São Paulo e Minas Gerais, além da Comissão Municipal de São Paulo, apontaram indícios de sabotagem mecânica, intoxicação ou mesmo um tiro no motorista do ex-presidente, Geraldo Ribeiro.

Um inquérito do Ministério Público Federal (MPF), conduzido entre 2013 e 2019, descartou a colisão com o ônibus, mas concluiu ser impossível afirmar ou negar a hipótese de atentado, citando falhas graves nas investigações da época, já que os laudos médicos da época não incluíram exames toxicológicos para verificar se o motorista havia sido envenenado.

Da Redação

Com informações do

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