O governo anunciou a redução de ultraprocessados na merenda escolar
"Só quando a gente é magro de fome, a gente pensa que engordar é saudável", disse o presidente - (crédito: Mayara Souto)“É duro não tomar café, não ter um pão com café e leite para
tomar, não ter almoço e janta descente. Não é possível aprender. Paulo Freire
dizia que quando a gente come, a gente fica inteligente. O cérebro tem tempo de
aprender. Quando a gente não come, o cérebro só pensa na maldita comida”,
iniciou o presidente.
Lula, então, defendeu a compra de alimentos saudáveis,
principalmente, da agricultura familiar. “É a forma mais barata de multiplicar
a qualidade da comida, qualidade de vida e o ganho de pessoas que trabalham no
campo para ajudar as pessoas que comem na cidade”, afirmou. O governo tem uma
resolução que determina que 30% da compra de alimentos da merenda escolar seja
da agricultura familiar.
Na sequência, o presidente criticou o uso de enlatados, que
são ultraprocessados e foram alvo de modificação de resolução do governo. A
partir de agora, apenas 15% da alimentação escolar poderá conter esses
produtos, até o momento eram 20%. Até 2026, o número deve chegar a 10%.
“Para que perder tempo com alimento saudável, se eu compro
enlatado americano e todo mundo come e vai ficar gordão”, disse. “Só quando a
gente é magro de fome, a gente pensa que engordar é saudável”, acrescentou. O
presidente, então, fez um elogio para si mesmo: “Olha, como estou bonito assim
magrinho”.
Durante o encontro sobre o Pnae, o governo também anunciou um
programa de capacitação para as merendeiras e nutricionistas, com investimento
de R$ 4,7 milhões e parceria com a Itaipu Binacional e um reajuste na merenda
para a Educação de Jovens e Adultos (EJA).