Depósitos terão início no dia 17 deste mês para nascidos em janeiro. Somente para este primeiro grupo, serão distribuídos R$ 2,3 bilhões, beneficiando cerca de dois milhões de pessoas
O Ministério do Trabalho e Emprego estima pagar R$ 30,7 bilhões aos trabalhadores a título de abono salarial — Foto: ArquivoPara consultar se têm direito ao abono salarial, os
trabalhadores podem acessar as informações no app Carteira de Trabalho Digital.
Após entrar com login e senha do portal Gov.br, basta fazer a consulta no
banner do alto da página. Se preferir, pode ainda acessar a aba
"Benefícios" (no rodapé, no canto direito) e, em seguida, selecionar
"Abono salarial".
Outra opção de consulta é a central de teleatendimento Alô
Trabalho (número 158), que funciona das 7h às 22h, de segunda-feira a sábado.
Cronograma de pagamento
Os pagamentos seguirão um cronograma, de acordo com a data de
nascimento, para trabalhadores da iniciativa privada e para servidores
públicos. A estimativa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é que, no
total, R$ 30,7 bilhões sejam pagos a 25.647.131 de trabalhadores.
O calendário de pagamento de 2025 foi aprovado em dezembro de
2024 pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). Os
beneficiários poderão retirar os valores até 29 de dezembro deste ano. Confira
o calendário:
Calendário de pagamento do abono salarial 2025
Nascidos em |
Recebem a partir de |
Janeiro |
17 de fevereiro |
Fevereiro |
17 de março |
Março e abril |
15 de abril |
Maio e junho |
15 de maio |
Julho e agosto |
16 de junho |
Setembro e outubro |
15 de julho |
Novembro e dezembro |
15 de agosto |
Fonte: INSS
Quem tem direito ao abono salarial?
O abono salarial é um benefício anual, no valor de até um
salário mínimo, que atualmente é de R$ 1.518.
Atualmente, o direito ao abono é concedido aos profissionais
que, no ano-base (neste caso 2023), receberam até dois salários mínimos da
época (R$ 2.640) e trabalharam por pelo menos 30 dias para empregadores que
contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).
O beneficiário também precisa estar inscrito no programa há
pelo menos cinco anos, além do empregador ter fornecido os dados corretos na
Relação Anual de Informações Sociais (Rais) até 15 de maio de 2024 ou no
eSocial até 19 de agosto do ano passado.
Sem direito ao PIS/Pasep
Entre os que não têm direito ao pagamento do abono estão os
empregados domésticos e os trabalhadores rurais e urbanos empregados por pessoa
física.
Qual é o valor do abono salarial?
O valor pago vai depender de quanto tempo a pessoa trabalhou
com carteira assinada no ano-base. Se ela trabalhou durante os 12 meses em
2023, vai receber o valor integral do benefício, que é de um salário mínimo. Se
o período trabalhado foi de apenas um mês, vai receber o equivalente a 1/12 do
salário e, assim, sucessivamente.
Pagamento do PIS
O pagamento do Programa de Integração Social (PIS) é
realizado pela Caixa Econômica Federal para trabalhadores da iniciativa privada
com carteira assinada. O valor é liberado automaticamente para aqueles que são
clientes do banco, segundo o mês de aniversário do trabalhador.
Os trabalhadores que possuem conta-corrente ou poupança na
Caixa têm o crédito automático. Já os demais beneficiários recebem o valor na
poupança social digital, movimentada pelo aplicativo Caixa Tem.
No Caixa Tem, é possível pagar contas, realizar
transferências, efetuar pagamentos em maquininhas e fazer compras utilizando o
cartão de débito virtual.
Pagamento do Pasep
O Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
(Pasep) é pago pelo Banco do Brasil (BB) aos servidores que trabalharam no
ano-base de 2023.
Os clientes do Banco do Brasil recebem o pagamento
diretamente em suas contas. Já os demais beneficiários precisam se dirigir a
uma agência do Banco do Brasil para realizar o saque, apresentando um documento
de identificação com foto.
Ano-base
O abono salarial pago neste ano de 2025 é referente ao
ano-calendário de 2023. Até pouco tempo atrás, a liberação do abono considerava
quem tinha trabalhado com registro formal no ano-base imediatamente anterior.
Mas isso mudou.
Além disso, o calendário de pagamento tinha início no segundo
semestre de um ano e terminava no primeiro semestre do outro. Por exemplo, o
abono pago em 2019/2020 levou em conta quem tinha trabalhado em 2018.
Mas, por conta da pandemia de Covid-19, e da necessidade de
reter recursos para o pagamento do Auxílio Brasil, o então governo de Jair
Bolsonaro retardou o pagamento, alterando o calendário. A liberação do
benefício passou a considerar como ano-base dois anos antes, com cronograma de
pagamento apenas no primeiro semestre do ano corrente.
Da Redação