Resultados da PNAD Contínua mostram melhor resultado desde 2012
A taxa de desocupação no Brasil chegou a 6,2% no trimestre encerrado em dezembro de 2024, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua).
O resultado representa estabilidade em relação ao período de
julho a setembro (6,4%) e contribuiu para a taxa média anual de 6,6%, a
menor da série histórica iniciada em 2012.
Em comparação com 2023, quando a taxa de desemprego foi de
7,8%, houve uma queda de 1,2 ponto percentual. O contingente de desocupados
também apresentou redução, passando de 8,5 milhões em 2023 para 7,4 milhões em
2024, o menor número desde 2014. Paralelamente, a população ocupada atingiu
103,3 milhões de pessoas, um recorde na série.
A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do
IBGE, Adriana Beringuy, destacou que "os resultados de 2024 indicam a
continuidade da recuperação do mercado de trabalho pós-pandemia, com avanços
tanto no emprego formal quanto informal".
“O crescimento da população ocupada nos últimos anos ocorreu
principalmente entre os empregados no setor privado. Essa expansão foi
registrada por meio do trabalho com e sem carteira de trabalho assinada. Isso
ocorreu devido à abrangência setorial do aumento da ocupação, que incluiu
atividades como indústria, serviços prestados às empresas, cujo perfil
ocupacional está mais associado à formalidade; como também o avanço importante
de atividades como construção, transporte e logística que apresentam maior incorporação
de trabalhadores informais”, explica a coordenadora.
A taxa de informalidade recuou para 39%, ante 39,2% em 2023,
enquanto o número de empregados com carteira assinada chegou a 38,7 milhões,
também um recorde. O rendimento médio real habitual cresceu 3,7%, alcançando R$
3.225, superando o recorde anterior de 2014.
O crescimento da ocupação foi impulsionado principalmente pelos setores de construção, transportes, alojamento e alimentação.
Da Redação