Lideranças políticas de Campina Grande e da Paraíba cobram justiça pelas mortes de mãe e bebê no ISEA
As mortes de Maria Danielle Cristina Morais Sousa, de 38 anos, e do seu filho recém-nascido, Davi Elô, no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande, geraram grande comoção e revolta entre lideranças políticas. Vereadores, deputados e ex-candidatos manifestaram indignação e exigiram justiça diante das suspeitas de negligência médica no caso.
A vereadora mais votada de Campina Grande, Jô Oliveira, lamentou profundamente a perda de Danielle e seu filho, apontando falhas no sistema de saúde que precisam ser enfrentadas com urgência:
“É com profunda tristeza e pesar que venho aqui lamentar a sua partida, minha amiga! Infelizmente hoje à tarde recebemos a notícia do falecimento de Dani (Danielle Cristina Morais), que nos deixou de forma trágica, vítima de negligência médica. Dani era uma mulher jovem, cheia de vida e sonhos, que foi privada de seu futuro e de sua família.
A dor que sua perda provoca é imensurável, e nesse momento de luto, nossa solidariedade vai para seus familiares e amigos, que enfrentam uma dor irreparável. Jorge Elô, meu querido, força nesse momento difícil e conte conosco.
A morte de Danielle é um lembrete doloroso das falhas do sistema de saúde, que precisam ser enfrentadas com seriedade e urgência. Não podemos aceitar que vidas continuem sendo perdidas por negligência e descaso. Que a justiça seja feita por Danielle, por Davi Elô e por todas as vítimas que já sofreram e continuam sofrendo com a falta de cuidado e responsabilidade.
Seguiremos firmes na luta por justiça!”
O deputado estadual Chió também expressou sua revolta com o caso, destacando o sofrimento enfrentado pela família e cobrando providências das autoridades:
“REVOLTA. Essa é a palavra que não sai da minha cabeça desde que recebi a notícia do falecimento de Danielle Morais, mãe do anjo Davi Elô.
Sonhar com a chegada de um filho e viver a espera por ele é uma benção de Deus. Só quem é mãe e pai (de anjos também) sabe exatamente qual é o sentimento. E toda essa doce espera da família de Danielle e Jorge se transformou em tragédia.
Após mais de 25 dias de luta pela vida, Danielle faleceu hoje deixando um enorme buraco no peito em todos nós que estávamos acompanhando o caso de negligência para com ela e sua família nos hospitais de Campina Grande. Primeiro na Maternidade Elpídio de Almeida, o ISEA, quando teve complicações no parto e perdeu o tão esperado Davi Elô e teve a remoção do seu útero; e depois em outros hospitais da cidade, entre procedimentos e muitos relatos de descaso em todo o processo.
É REVOLTANTE. Danielle e seu filho Davi Elô são vítimas do descaso e negligências na saúde pública de Campina Grande. Agora, aliados ao Ministério Público que já apura o caso, queremos JUSTIÇA para que todos os responsáveis pelos possíveis descasos sejam responsabilizados por destruírem uma família.
Aos familiares e amigos, o meu mais profundo pesar. Que Deus possa os confortá-los neste momento de dor.”
Líder da oposição em Campina Grande, Anderson Pila (PSB)
O líder da oposição na Câmara Municipal, vereador Anderson Pila, publicou uma nota de pesar e reforçou seu apoio à família de Danielle:
Dr. Jhony, presidente da Fundação PB Saúde
Dr. Jhony, presidente da Fundação PB Saúde e ex-candidato a prefeito de Campina Grande, também se manifestou, ressaltando a dor imensurável vivida por Jorge Elô, esposo de Danielle:
“Depois de 25 dias sem Davi…
Agora perdemos Danielle.
Acabei de receber essa triste notícia e demorei a acreditar…
Podemos ajudar no que podemos, manter nossas orações e fazer tudo que estiver ao nosso alcance para que situações como essas não se repitam mais.
Mais uma vez, me coloco à disposição de Jorge, e sinto muitíssimo pela perda.
#Luto”
Diante da repercussão do caso, o prefeito Bruno Cunha Lima convocou uma coletiva de imprensa para esta quarta-feira (26), às 10h, na Secretaria Municipal de Saúde, para esclarecer as circunstâncias das mortes e as medidas adotadas pelo município. Enquanto isso, o Ministério Público da Paraíba e a Polícia Civil seguem investigando possíveis negligências no atendimento prestado à mãe e ao bebê no ISEA.