Francisco Wanderley Luiz morreu ao detonar explosivos em Brasília
As explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes e no Anexo 4
da Câmara dos Deputados mobilizaram a Polícia Federal (PF) e o Instituto
Nacional de Criminalística (INC), que estão conduzindo uma investigação
detalhada. Segundo a Agência Brasil, os peritos criminais utilizam técnicas de
reconstrução de cenário, com o apoio de ferramentas tecnológicas 3D, para
mapear a dinâmica do ataque e identificar todos os vestígios. A PF já abriu
inquérito para apurar se a ação teve planejamento individual ou envolveu uma
rede de apoiadores.
Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social
da Presidência da República, comentou o incidente e reforçou a confiança na
investigação da PF. “Já sabemos que foi muito grave o que aconteceu. Já sabemos
que o carro com os explosivos pertence a um candidato a vereador do PL de SC.
Provavelmente a perícia vai confirmar que se trata da mesma pessoa que tentou
entrar no STF e depois morreu detonando explosivos na área externa do
tribunal”, disse o ministro. Pimenta apontou ainda as perguntas que seguem sem
resposta: “Sabemos que ele esteve na Câmara, ainda não sabemos (amanhã com
certeza) que gabinetes visitou. Quando e como veio de SC? Sozinho? Acompanhado?
Alguém pagou? Onde estava hospedado? Os explosivos foram adquiridos onde? Com
quem falou no telefone hoje? Essas e outras respostas a PF vai com certeza
rapidinho nos responder. Golpistas não passarão.”
O incidente reforça o clima de preocupação com atos
extremistas inspirados por movimentos radicais e remonta aos eventos de 8 de
janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram alvo de ataques
golpistas. A atuação rápida e detalhada da PF busca não apenas esclarecer a
origem dos explosivos, mas também determinar a extensão do envolvimento de
Wanderley Luiz e possíveis cúmplices.
Vídeo