Apadrinhado pelo atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Hugo Motta (Republicanos-PB) tem se construído como nome de consenso
As articulações para angariar apoios na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados seguem nesta semana. As atividades serão reduzidas devido à 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20), que será realizada no Congresso Nacional, mas as bancadas partidárias seguem se reunindo para discutir o sucessor da cadeira de Arthur Lira (PP-AL).
O preferido é o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), que recebeu o apoio de Lira e das mais numerosas bancadas da Câmara na última semana. Com a promessa de cargos na Mesa Diretora e espaços de destaque, além do enfoque em pautas consensuais, ele conseguiu unir partidos antagônicos como PT e PL, e siglas do chamado Centrão: PP, Republicanos, MDB e Podemos.
Outros dois líderes da Câmara disputavam a presidência: Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSD-BA). Nascimento aceitou negociar a desistência com a cúpula do União Brasil e Motta em troca de espaços de destaque para o União Brasil, mas ainda não oficializou a saída do pleito.
Já Brito, por enquanto, reitera que segue na disputa. A pressão sob os outros dois candidatos cresce para que seus partidos não fiquem desamparados na divisão.
Outras siglas que ainda não anunciaram apoio público a algum candidato seguem realizando reuniões de bancada para formalizar um nome.
Partidos como Cidadania, PSB, PSDB e PDT estão entre os que devem formalizar apoio a Hugo Motta após reuniões marcadas para esta terça (5/11) ou quarta (6/11). O PSol já sinalizou que não pretende apoiar a candidatura do líder do Republicanos, e avalia apoio a Antonio Brito.
Da Redação