Levantamento revela que três integrantes da família lideram o índice de rejeição, com percentuais superiores aos de Lula e outros nomes testados
Michelle, Eduardo e Jair Bolsonaro.
A nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira mostra que o clã Bolsonaro concentra os maiores índices de rejeição entre todos os nomes avaliados para a eleição presidencial de 2026. Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro aparecem na liderança do percentual de eleitores que afirmam não votar neles em nenhuma hipótese, cenário que reforça a dificuldade do grupo em expandir apoio fora de sua base mais fiel.
O estudo avaliou nível de conhecimento, intenção de voto e taxa de rejeição de diversas lideranças políticas, indicando que os três integrantes da família apresentam índices consistentemente superiores aos dos demais potenciais candidatos.
Jair Bolsonaro tem 60% de rejeição
Segundo a pesquisa, Jair Bolsonaro registra 60% de rejeição, mantendo um patamar elevado observado em levantamentos anteriores. Ainda que seja uma das figuras mais conhecidas do país, apenas 36% dos entrevistados afirmam que poderiam votar nele, enquanto 4% dizem não conhecê-lo o suficiente para opinar.
Ao longo do ano, o ex-presidente manteve uma taxa de rejeição resistente, mesmo entre segmentos onde teve alguma vantagem nas eleições de 2022. O desempenho reflete a dificuldade em ampliar apoio além do núcleo bolsonarista.
Michelle Bolsonaro chega a 61% de rejeição
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro aparece com 61% de rejeição, número superior ao do marido. Embora tenha conquistado maior visibilidade política e ampliado sua atuação pública nos últimos anos, apenas 28% dos entrevistados dizem que votariam nela. Outros 11% afirmam não conhecê-la suficientemente.
A taxa elevada indica que Michelle enfrenta limitações semelhantes às de Jair Bolsonaro, com rejeição consolidada principalmente entre mulheres e eleitores de centro e esquerda.
Eduardo Bolsonaro lidera rejeição com 67%
Entre os três, o deputado federal Eduardo Bolsonaro é o mais rejeitado: 67% dos entrevistados dizem que não votariam nele de maneira alguma. Apenas 21% afirmam que poderiam apoiá-lo em uma disputa presidencial.
O desempenho reforça o desgaste político do parlamentar, que já vinha enfrentando queda de popularidade em levantamentos anteriores.
Rejeição do clã é superior à de outros nomes, incluindo Lula
Os dados da Genial/Quaest mostram que a rejeição concentrada no clã Bolsonaro contrasta com a de outros nomes avaliados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, tem rejeição menor que Jair, Michelle e Eduardo.
Segundo a pesquisa, Lula aparece com 53% de rejeição, enquanto 45% dos entrevistados dizem que votariam nele em uma eventual disputa. Embora também apresente índice alto, o petista permanece abaixo da família Bolsonaro nesse quesito.
A pesquisa reforça que, apesar de figurarem entre os nomes mais conhecidos do país, os integrantes do clã enfrentam resistência crescente do eleitorado, o que pode influenciar a configuração das alianças e estratégias para a eleição de 2026.
