Advogado criminalista rebate acusações sobre o grupo Prerrogativas e acusa o ex-juiz de corromper o sistema Judiciário
ReproduçãoO advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro,
conhecido como Kakay, rebateu nesta sexta-feira (14) as recentes declarações
do ex-ministro e pré-candidato à
Presidência, Sergio Moro (Podemos) - que acusou o grupo Prerrogativas de
trabalhar pela "impunidade de corruptos" - e classificou o ex-juiz
como "um câncer para o sistema democrático".
"O Prerrogativas é um grupo apartidário, que se
caracteriza pela defesa da Constituição Federal. Nós somos advogados,
defensores públicos, estudantes, professores e ex-juizes. Um grupo plural. Nós,
realmente, nos fortalecemos nos últimos tempos em cima, também, dos abusos -
especialmente - deste juiz que instrumentalizou o poder Judiciário e coordenava
um grupo de procuradores, de forma criminosa, para poder fazer um projeto
político. Moro foi o principal eleitor do [presidente Jair] Bolsonaro quando
prendeu, de forma ilegal e intencional, policitamente, o principal adversário
da época que era o [ex-presidente] Lula. ", explicou Kakay.
O criminalista também acusou Sergio Moro de "desonrar o
Judiciário" por negociar o cargo de ministro da Justiça e Segurança
Pública do governo Bolsonaro "ainda com a toga nos ombros".
"Talvez uma pessoa leiga não entenda a gravidade do que
significa isso. É gravíssimo. A corrupção do sistema de justiça é um dos piores
crimes que pode existir. As pessoas, infelizmente, que não tem formação
jurídica, pensam que corrupção é apenas quando uma autoridade ou um homem
público pede dinheiro. Quando você, ainda com a toga nos ombros, topa conversar
e negociar o ministério da Justiça - que coordena todo o sistema de segurança,
fortíssimo -, evidentemente você está sofrendo um processo gravíssimo de
corrupção. O Moro é um câncer para o sistema democrático. Ele criminalizou a
política de forma muitíssimo forte", alega Castro.
"Ele é a incoerência em pessoa, é a própria fake news.
Então para nós do Prerrogativas, sermos criticados por ele enquanto está
começando a se lançar como pré-candidato à presidência da República, significa
que nós estamos no lado correto. Nos estamos do lado que sempre estivemos, que
é em defesa da Constituição. O que o Moro precisa entender, agora que ele está
sem a toga e sem a sua caneta bandida que estava a serviço de um projeto
pessoal, é que ele terá que se expor e combater as ideias. Ele não está
acostumado, ele é um indigente intelectual. Ele não está acostumado a discutir
ideias.", finalizou o advogado.