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 Integrantes da Febraban se reuniram com o presidente Lula e elogiaram os indicadores macroeconômicos

(E-D) Lula, Luiz Carlos Trabucco, Milton Maluhy Filho, Isaac Sidney, André Esteves, Mario Leão, Marcelo Noronha e Alberto Monteiro (Foto: Divulgação)

 O presidente Lula (PT) se reuniu, na quarta-feira (16), com os principais líderes do setor bancário brasileiro para discutir as atuais condições econômicas do país e, principalmente, a elevada taxa de juros que afeta famílias e empresas. O encontro, realizado no Palácio do Planalto, resultou na criação de um grupo de trabalho no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (Conselhão), com o objetivo de diagnosticar e propor soluções para a redução dos juros bancários. A proposta foi bem recebida pelos participantes, que também elogiaram o cenário econômico atual, marcado por crescimento, geração de empregos e inflação sob controle.

Isaac Sidney, presidente-executivo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), foi um dos principais defensores da iniciativa. Segundo ele, o país vive um momento favorável, mas é preciso aproveitar essa janela para atacar problemas estruturais. “O Brasil atravessa um momento de conjuntura econômica bastante positivo, com atividade econômica crescendo num patamar elevado e inflação sob controle”, afirmou Sidney, acrescentando que o diálogo com o governo foi essencial para avançar no tema dos juros. "Hoje reiteramos com o presidente Lula, que autorizou que formalizássemos uma frente, um fórum para debater as causas elevadas dos juros bancários".

O grupo de trabalho autorizado por Lula reunirá, além da Febraban e dos bancos privados e públicos, representantes do Ministério da Fazenda e do Banco Central. O objetivo é debater de forma ampla e estrutural as causas dos altos juros e propor medidas para aliviar o custo do crédito, que tem impacto direto no consumo e nos investimentos das empresas. Entre os presentes estavam Milton Maluhy, CEO do Itaú, Marcelo Noronha, do Bradesco, Mario Leão, do Santander, além de André Esteves, presidente do Conselho de Administração do BTG, e Luiz Carlos Trabuco, presidente do Conselho Diretor da Febraban.

Sidney destacou que a redução das taxas de juros é uma preocupação compartilhada pelo setor bancário. “Quanto mais altos forem os juros bancários, maior o risco de crédito e a inadimplência. O que queremos é um ambiente de crédito sadio, que possa permitir condições favoráveis para famílias e empresas”, explicou. Ele classificou o encontro como "um diálogo franco e aberto", que resultou no compromisso de seguir buscando soluções conjuntas.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também participou da reunião e aproveitou para ressaltar o esforço do Governo Federal em aprovar medidas de grande relevância para a economia, como o arcabouço fiscal, a reforma tributária e o marco legal das garantias de empréstimo. "Essas ações já permitiram uma redução do custo do crédito no nosso país. Reafirmamos a prioridade do governo em concluir a regulamentação da reforma tributária até o final deste ano", afirmou Padilha.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, resumiu as quase duas horas de conversa destacando três pontos principais: o bom desempenho da economia brasileira, os desafios relatados pela Febraban e as perspectivas positivas para o futuro. "O balanço muito positivo da economia até aqui, desafios importantes relatados pela Febraban e as perspectivas da economia brasileira, que todo mundo reconhece que são animadoras se continuarmos essa agenda importante", concluiu Haddad.

Com a criação do grupo de trabalho, o governo e os representantes do setor financeiro esperam construir um ambiente mais favorável ao crédito, onde as taxas de juros possam ser progressivamente reduzidas, contribuindo para o fortalecimento da economia e o bem-estar da população.


Da Redação

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