Integrantes da Febraban se reuniram com o presidente Lula e elogiaram os indicadores macroeconômicos
(E-D) Lula, Luiz Carlos Trabucco, Milton Maluhy Filho, Isaac Sidney, André Esteves, Mario Leão, Marcelo Noronha e Alberto Monteiro (Foto: Divulgação)Isaac Sidney, presidente-executivo da Federação Brasileira de
Bancos (Febraban), foi um dos principais defensores da iniciativa. Segundo ele,
o país vive um momento favorável, mas é preciso aproveitar essa janela para
atacar problemas estruturais. “O Brasil atravessa um momento de conjuntura
econômica bastante positivo, com atividade econômica crescendo num patamar
elevado e inflação sob controle”, afirmou Sidney, acrescentando que o diálogo
com o governo foi essencial para avançar no tema dos juros. "Hoje reiteramos
com o presidente Lula, que autorizou que formalizássemos uma frente, um fórum
para debater as causas elevadas dos juros bancários".
O grupo de trabalho autorizado por Lula reunirá, além da
Febraban e dos bancos privados e públicos, representantes do Ministério da
Fazenda e do Banco Central. O objetivo é debater de forma ampla e estrutural as
causas dos altos juros e propor medidas para aliviar o custo do crédito, que
tem impacto direto no consumo e nos investimentos das empresas. Entre os
presentes estavam Milton Maluhy, CEO do Itaú, Marcelo Noronha, do Bradesco,
Mario Leão, do Santander, além de André Esteves, presidente do Conselho de
Administração do BTG, e Luiz Carlos Trabuco, presidente do Conselho Diretor da
Febraban.
Sidney destacou que a redução das taxas de juros é uma
preocupação compartilhada pelo setor bancário. “Quanto mais altos forem os
juros bancários, maior o risco de crédito e a inadimplência. O que queremos é
um ambiente de crédito sadio, que possa permitir condições favoráveis para
famílias e empresas”, explicou. Ele classificou o encontro como "um
diálogo franco e aberto", que resultou no compromisso de seguir buscando
soluções conjuntas.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha,
também participou da reunião e aproveitou para ressaltar o esforço do Governo
Federal em aprovar medidas de grande relevância para a economia, como o
arcabouço fiscal, a reforma tributária e o marco legal das garantias de
empréstimo. "Essas ações já permitiram uma redução do custo do crédito no
nosso país. Reafirmamos a prioridade do governo em concluir a regulamentação da
reforma tributária até o final deste ano", afirmou Padilha.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, resumiu as quase duas
horas de conversa destacando três pontos principais: o bom desempenho da
economia brasileira, os desafios relatados pela Febraban e as perspectivas
positivas para o futuro. "O balanço muito positivo da economia até aqui,
desafios importantes relatados pela Febraban e as perspectivas da economia
brasileira, que todo mundo reconhece que são animadoras se continuarmos essa
agenda importante", concluiu Haddad.
Com a criação do grupo de trabalho, o governo e os
representantes do setor financeiro esperam construir um ambiente mais favorável
ao crédito, onde as taxas de juros possam ser progressivamente reduzidas,
contribuindo para o fortalecimento da economia e o bem-estar da população.