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 Segundo levantamento da agência de inteligência em dados .MAP, o ex-presidente alcançou 15% de participação digital, enquanto Bolsonaro desceu para 11%. Esta é a primeira vez que Lula ultrapassa o atual mandatário.

Por Redação – de São Paulo
O prêmio “Coragem Política 2021”, concedido pela revista Politique Internacionale, é uma honraria para pouquíssimos líderes mundiais e impulsionou o ex-presidente nas redes sociais

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na liderança absoluta das intenções de votos para as eleições de outubro deste ano em todas as pesquisas de opinião, assumiu também a dianteira nas redes sociais. Segundo levantamento da agência de inteligência em dados .MAP, o ex-presidente alcançou 15% de participação digital, enquanto Bolsonaro desceu para 11%. Esta é a primeira vez que Lula ultrapassa o atual mandatário.

O ex-juiz Sergio Moro (Podemos), por sua vez, foi o que mais perdeu espaço nas últimas semanas. Ele despencou de 11% para 2%. O tucano João Doria (PSDB) recuou de 2% para menos de 1%, e Ciro Gomes (PDT) ficou com os mesmos 0,53% arregimentados anteriormente.

Bolsonaro variou nos primeiros dias de 2022. Ele perdeu pontos com as férias em Santa Catarina, onde andou de jet ski e visitou o parque Beto Carreiro, enquanto milhares de pessoas morreram e ficaram desabrigadas em enchentes na Bahia e em Minas Gerais. No entanto, recuperou algumas posições durante a internação hospitalar devido a um camarão mal mastigado.

CPI da covid

O Índice de Popularidade Digital é feito a partir da coleta de dados em redes sociais e buscadores como Twitter, Instagram, Facebook e Google Search. O estudo leva em consideração número de seguidores, capacidade de promover engajamento e proporção de reações positivas e negativas às mensagens postadas.

Desde que o IPD começou a ser elaborado, Bolsonaro sempre esteve na liderança. Em 2021, ele perdeu o posto no auge das denúncias da CPI da Covid-19 e após duvidar da segurança das urnas eletrônicas e ofender ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

A popularidade de Lula nas redes começou a aumentar desde o seu giro pela Europa e acompanha as pesquisas eleitorais, que o colocam na frente de todos os outros candidatos, enquanto Bolsonaro derrete mês após mês.

‘Ditadura’

A notícia de que vem perdendo fôlego nas redes sociais deixou Bolsonaro contrariado, nesta manhã. Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, ele resolveu partir para novo ataque contra a democracia. Dessa vez, o mandatário afirmou que o Brasil vive sob uma “ditadura que vem pelas canetas” e afirmou que “vai acontecer algo” nos próximos dias “que vai nos salvar”.

Bolsonaro não detalhou, exatamente, sobre o que estava falando. A declaração, no entanto, acende um alerta para possíveis novos atentados ao Estado democrático e de direito.

— Qual é a diferença de uma ditadura feita pelas armas, como a gente vê, por exemplo, em Cuba, Venezuela e outros países, e uma ditadura que vem pelas canetas? Qual é a diferença? Nenhuma. Então, vocês sabem o que aconteceu no Brasil. Acredito em Deus. Nos próximos dias, vai acontecer algo que vai nos salvar no Brasil — disparou.

A menção a uma suposta ‘ditadura nas canetas’ pode fazer referência ao Supremo Tribunal Federal (STF), visto que em outras ocasiões o chefe do governo federal já criticou ‘canetadas’ de ministros da corte.

Pato manco

As declarações estapafúrdias de Bolsonaro, no entanto, longe de melhorar seus índices de popularidade, têm provocado uma debandada entre aqueles que o apoiaram, no passado. Na outra ponta, no entanto, há cada vez maior entusiasmo do mercado financeiro internacional com a perspectiva de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2022, segundo repercute a mídia conservadora.

“Is Lula Brazil’s Savior?’, (ou ‘É Lula o salvador do Brasil?’ em tradução livre do título original) diz um relatório publicado nesta semana pela consultoria internacional BCA, de matriz canadense, que orienta clientes sobre o que fazer com o dinheiro em mercados emergentes”, publica o jornalista Vinicius Torres Freire, do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo.

De acordo com o colunista, “não”. Mas para a BCA, “dá para ganhar algum tutu se um Lula ‘centrista’ se eleger presidente, dado além do mais o fato de que o ‘Brasil está barato’. Isto é, na média, as ações estão com valor baixo, considerado o histórico e os retornos das empresas. Os títulos de dívida estão baratos, outro modo de dizer que as taxas de juros estão altas”, prossegue Freire.

“Como Jair Bolsonaro tende a se tornar um ‘pato manco’ ou estaria à beira de tomar café frio, para usar a metáfora nacional, os donos do dinheiro estariam prestando mais atenção ao que Lula vai ou promete fazer. Por ora, Lula promete conciliação e moderação. Quanto mais assim for, mais dinheiro entraria”, resume.

 Com



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