De acordo com as apurações, a quebra de sigilo bancário do ex-mandatário mostrou uma operação de câmbio no valor de R$ 800.000.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou dinheiro ao
exterior para bancar despesas enquanto aguardava o golpe. A informação foi
divulgada pela Polícia Federal (PF). De acordo com as apurações, a quebra de
sigilo bancário do ex-mandatário mostrou uma operação de câmbio no valor de R$
800.000.
Essa parte da
investigação está inserida na apuração da venda ilegal de joias, tendo entre os
envolvidos o tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-chefe
do Executivo federal. Por lei, presentes dados por governos de outros países
devem pertencer ao Estado brasileiro, não podendo ser incorporados a patrimônio
pessoal. O relato foi pulicado na coluna Radar.
“Evidencia-se que o então presidente Jair Bolsonaro, ao final
do mandato, transferiu para os Estados Unidos todos os seus bens e recursos
financeiros, ilícitos e lícitos, com a finalidade de assegurar sua permanência
no exterior, possivelmente, aguardando o desfecho da tentativa de golpe de
Estado que estava em andamento”, diz a PF.
A PF iniciou na semana passada a operação Tempus Veritatis
(“A hora da Verdade”), para descobrir mais detalhes e punir os envolvidos em um
esquema que pretendia aplicar um golpe de Estado. A tentativa de ruptura
institucional previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco (PSD-MG). Entre os alvos da operação estão Braga Netto, Augusto Heleno
e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e antigos assessores de Jair Bolsonaro.
Ex-comandantes do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, e da Marinha, Almir Garnier Santos, também foram alvos de mandados de busca e apreensão. Há mandados de prisão contra os coronéis Bernardo Romão Corrêa Netto e Marcelo Costa Câmara; e o tenente-coronel Rafael Marins de Oliveira, todos militares da ativa.