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Juiz se baseou em fake news feita na eleição segundo a qual Lula teria defendido que jovens roubem celulares para “tomar uma cerveja”

A Advocacia-Geral da União (AGU) vai entrar com uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz José Gilberto Alves Braga Júnior, da Comarca de Jales, no interior de São Paulo, por abuso de poder.

O magistrado sugeriu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimiza e até mesmo colabora para o aumento de furto de celulares no Brasil ao decretar a prisão preventiva de um homem que supostamente cometeu o crime na região.

“Talvez o furto de um celular tenha se tornado prática corriqueira na capital, até porque relativizada essa conduta por quem exerce o cargo atual de presidente da República, mas para quem vive nesta comarca, crime é crime, e não se pode considerar como normal e aceitável a conduta de alguém que subtrai o que pertence a outrem”.

A decisão foi revelada nesta segunda-feira (24/7) pelo jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, o réu frequentava uma lanchonete em uma cidade próxima a Jales, quando foi preso em flagrante, acusado pela dona do estabelecimento de furtar um aparelho que estava em posse de suas filhas. De acordo com os relatos, o homem estaria alcoolizado.

Ao longo da campanha eleitoral do ano passado, circularam fake news de que Lula teria defendido que jovens roubem celulares para “tomar uma cervejinha”. Essa fake news nasceu da junção de dois trechos distintos de uma entrevista concedida por Lula a uma rádio universitária de Pernambuco, em 2017.

Na ocasião, Lula afirmou: “É uma coisa que está intimamente ligada. Ou seja, o cidadão teve acesso a um bem material, a uma casinha, a um emprego, e de repente o cara perde tudo. Então, vira uma indústria de roubar celular. Para que ele rouba celular? Para vender, para ganhar um dinheirinho. Eu penso que essa violência que está em Pernambuco é causada pela desesperança”.

O petista não citou cerveja em sua declaração sobre roubo de celulares. Em outra parte de seu discurso, explicou: “É preciso distensionar para a sociedade perceber que a torcida do Santa Cruz e do Sport não são inimigas. São adversárias durante o jogo, depois vão para o bar tomar cerveja juntos. E ainda deixam o pessoal do Náutico batendo palma do lado”.

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