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O deputado Ricardo Barros (PP-PR), no centro do escândalo da CPI da Covid, anunciou desafiadoramente numa reunião com aliados que não deixará a liderança do governo na Câmara. A afirmação soa como uma resposta a Jair Bolsonaro e ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que não estão empenhados em defendê-lo publicamente. “Eu sei me defender. Não vou sair da liderança”, disse o parlamentar, de acordo com a coluna da jornalista Malu Gaspar, no jornal O Globo.

A declaração foi feita durante uma reunião de líderes do governo realizada nesta segunda-feira (28). A avaliação de aliados, porém, é que Barros está em uma situação delicada, uma vez que Lira o considera como um desafeto e o vê como um adversário. Já Bolsonaro tem optado pelo silêncio desde que o deputado Luis Miranda (DEM) insinuou ter uma gravação que envolveria o ex-capitão no caso de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin.

Ainda segundo a reportagem, Barros também teria negado ser o responsável pelas pressões sofridas pelo servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda para liberar a importação da vacina indiana. Ele e o irmão, o deputado Luis Miranda, afirmam que denunciaram o caso a Bolsonaro no final de março, no Palácio da Alvorada, e que ele teria citado o nome de Ricardo barros como responsável pelo “rolo”. 

A CPI deverá votar nesta semana o requerimento de convocação de Ricardo Barros. O parlamentar deverá ser ouvido na próxima semana. 




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