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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) reforçou que apoiará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um eventual segundo turno contra Jair Bolsonaro. "Tanto o Lula como eu somos democratas, cada um ao seu modo. Sentimos um cheirinho à vista. Na hora h, vamos estar juntos para defender a democracia", disse ao jornalista Juca Kfouri na Rede TVT.

De acordo com o tucano, foi eleito em 2018 "uma pessoa que não tem a mínima sensibilidade humana". "Foi um erro coletivo. Espero que não paguemos o preço de reelegê-lo. É ruim que o presidente não mostre o sentimento em meio a uma tragédia. As vidas valem mais do que qualquer posição política. Falta uma orientação que simbolize uma orientação nacional. Não que ele tenha responsabilidade pelo coronavírus, mas tem a responsabilidade política pelo sofrimento humano. Eu lamento muito", afirmou.

Na entrevista, FHC defendeu uma união ampla para a manutenção democrática. "As divergências políticas vão continuar, mas temos que ter consciência que a democracia passa a ser essencial. Não acho que o presidente está tramando contra a democracia. É pior do que isso. Ele vai pouco a pouco. Aos poucos, vai contaminando o sentimento das pessoas. Precisa de uma união ampla em defesa da democracia. Precisamos conclamar todos que têm sentimentos democráticos para impedir essa desagregação permanente da política brasileira", alertou.

O tucano também fez críticas à falta de posicionamento do governo, após o Brasil superar a marca das 500 mil mortes causadas pelo coronavírus. "A reação, o sentimento, a preocupação, falta solidariedade. Isso eu nunca vi", disse.

Em maio, FHC e Lula almoçaram juntos, sendo o maior sinal de uma aliança entre os dois, caso o tucano não apoie outra candidatura na eleição presidencial de 2022. 

Em março, FHC disse que o petista tem "jeito para a coisa". Em maio, ele reiterou o possível apoio a Lula dizendo que o ex-presidente "simboliza e tem eco". No mês de junho, o tucano afirmou que o seu ex-adversário "nunca esqueceu" a própria origem e "sempre governou respeitando as leis".

Sérgio Moro e Paulo Guedes

Em sua análise a Juca Kfouri, o ex-presidente também comentou sobre Sérgio Moro e disse que o maior erro do ex-juiz foi ter aceitado um ministério no governo de Bolsonaro. "Ele tentou colocar ordem contra pessoas poderosas. Às vezes acertou, outras, errou. Acho que ele se equivocou quando aceitou ser ministro de um governo que não vou nem repetir porque não é necessário", avaliou.

Por 7 votos a 4, o Supremo Tribunal Federal oficializou, na quarta-feira (23), a suspeição de Moro contra Lula no processo do triplex em Guarujá (SP). E o ministro da Corte Gilmar Mendes decidiu estender a suspeição do ex-juiz a todos os processos contra o petista em que Moro atuou.

Ao criticar Paulo Guedes, FHC afirmou que o ministro da Economia é "descolado da realidade" brasileira. "Trata-se de uma pessoa que não sabe que na vida economia o povo conta. Ele acredita nos técnicos e parece perdido diante do Congresso. Ele vive num mundo muito acadêmico e fechado. Ele tem um lado, não é o meu. Ele parece outsider, fechado no que ele acredita. O Brasil não é assim, ele me dá impressão que não entende", analisou.

Lula lidera as pesquisas

De acordo com a pesquisa Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), divulgada nesta quinta-feira (24), Lula venceria no primeiro turno, com 49% dos votos, 26 pontos percentuais à frente de Bolsonaro (23%). O petista teria 11 pontos percentuais a mais do que a soma de seus possíveis adversários.

O petista também supera o ex-capitão entre os evangélicos por uma diferença de nove p.p.

Com



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