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O novo Ministério do Emprego e Previdência, anunciado para acomodar o atual ministro da Secretaria de Governo, Onyx Lorenzoni, abrirá pelo menos 202 cargos importantes, com poder de decisão, que poderão ser usados para indicações políticas, de acordo com informação publicada pelo jornal O Globo. A pasta garantiu o maior orçamento do governo (superior a R$ 700 bilhões). 

A ideia é que o ministério seja usado para abrigar aliados de Bolsonaro principalmente os indicados do Centrão, grupo de parlamentares fisiológicos alinhados com o governo no Congresso.

Dos cargos, há 27 superintendências regionais do trabalho nos estados, por exemplo, além de cinco superintendências e 104 gerências-executivas do INSS em todo o país. São áreas cobiçadas por políticos, porque cuidam de áreas ligadas diretamente ao atendimento ao cidadão e estão presentes em diversos municípios - parlamentares usam cargos para atender às suas bases eleitorais. 

O futuro ministro da Casa Civil, senador Ciro Nogueira (PP-PI), deve negociar os cargos com o centrão, liderado por ele. Para nomear o parlamentar, Bolsonaro colocará o atual ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, na Secretaria de Governo e deslocará Onyx desta pasta para o novo ministério.

A recriação de ministérios e a ida de Ciro Nogueira para a Casa Civil reforçou a estratégia de Bolsonaro para barrar um possível avanço das mobilizações no Congresso pelo seu impeachment. Escândalos de corrupção revelados pela CPI da Covid, mau gerenciamento da pandemia, discursos contra a ciência e falta de retomada do crescimento e de direitos sociais são alguns dos principais motivos que vêm fazendo a sociedade ir às ruas pelo afastamento dele.


 Com



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