Segundo o presidente do Partido Liberal, documento não tem objetivo de gerar uma nova votação, e sim apontar indícios que colocam em dúvida o processo eleitoral (por-Ana Mendonça)
(foto: AGÊNCIA BRASIL/REPRODUÇÃO)
O presidente do Partido Liberal, Valdemar da Costa Neto, questionou durante nova coletiva de imprensa sobre o relatório do resultado do segundo turno das eleições, que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL). “Como o país vai viver com o fantasma da eleições de 2022?”, indagou.
Segundo Valdemar, o documento não tem objetivo de gerar uma nova votação, e sim apontar indícios que colocam em dúvida o processo eleitoral em si.
Nessa terça-feira (22/11), o PL pediu a anulação de 279.336 urnas no segundo turno. No documento, o partido diz que houve falhas insanáveis que colocaram em risco o resultado da disputa entre Bolsonaro e o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
“Numa democracia temos os poderes. Temos que viver bem e ter uma relação próxima entre si. O que não podemos ter é um fantasma. Como um fantasma da eleição de 2022", afirmou.
"Por isso, pedimos que o TSE... Não é uma nova eleição. Não faz sentido. É uma coisa que envolve várias pessoas. É uma loucura. Atinge a vida dos senadores, dos governadores… não era essa nossa intenção. Nossa intenção é a discutir a história do Brasil. Como vamos viver com o fantasma da eleição? O TSE está aí para isso", acrescentou.
Nessa terça-feira (22/11), o PL pediu a anulação de 279.336 urnas no segundo turno. No relatório, o partido alega "falhas insanáveis" que colocaram em risco o resultado da disputa entre Bolsonaro e o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O texto cita ainda uma auditoria que apontava fragilidade de tecnologia da informação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para colocar em dúvida a segurança da votação.
"O quadro de atraso encontrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referente à implantação de medidas de segurança da informação mínimas necessárias gera vulnerabilidades relevantes. Isso poderá resultar em invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais, com grave impacto nos resultados das eleições de outubro", diz o PL.
Depois do anúncio, Alexandre de Moraes, presidente do TSE, deu 24 horas para o PL incluir na petição os dados da suposta auditoria também no primeiro turno das eleições, sob pena de indeferimento incial. O prazo terminou hoje, minutos antes da coletiva de Valdemar da Costa Neto.
Eleições
Lula foi eleito presidente do Brasil com 60.345.333 votos (50,9% dos válidos). No dia 1º de janeiro de 2023, ele assume o terceiro mandato não consecutivo à frente do Palácio do Planalto e se torna o político mais vezes levado ao comando do Poder Executivo pelo voto direto na história da República. O petista já havia dirigido o país de 2003 a 2010.