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    por Yurick Luz

Soldados do Exército fiscalizando caminhões da operação Carro-Pipa – Foto: Reprodução

Após as eleições, a operação Carro-Pipa, que leva água potável às famílias nordestinas há mais de 20 anos, teve os recursos cortados pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a planilha do Exército, 1,6 milhão de pessoas em oito estados do Nordeste, teriam direito ao abastecimento neste último mês estão prejudicadas.

Segundo informações do colunista Carlos Madeiro, do UOL, o primeiro estado a ter o abastecimento suspenso foi Alagoas. No caso de Pernambuco, Paraíba e Bahia, a paralisação foi informada apenas na quinzena final de novembro, assim como como vem ocorrendo nos demais estados.

A operação Carro-Pipa é financiada com recursos do Exército Brasileiro em parceria com o MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional). Além disso, ambos confirmaram que a suspensão ocorreu por falta de verbas para continuidade.

Em um documento do 72º Batalhão de Infantaria Motorizado, com sede em Petrolina (PE), endereçado a Defesas Civis de municípios de Pernambuco e Bahia, o Exército informa que “o recebimento parcial de recursos financeiros para atender a execução do serviço será somente para até o dia 15 de novembro corrente”. O documento foi assinado pelo coronel Paulo Francisco Matheus de Oliveira no último dia 14.

Documento entregue às defesas civis dos municípios de PE e BA – Foto: Reprodução/Arte UOL

O Exército informou ontem que a corporação “é responsável apenas pelas ações que envolvem a execução da operação, a partir do repasse de recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional ao Ministério da Defesa”.

“Os recursos disponibilizados pelo MDR até o momento permitiram a execução da operação na sua plenitude até o dia 16 de novembro. O Exército Brasileiro aguarda nova descentralização de recursos para que seja retomada a distribuição rotineira de água”, disse.

O MDR, por sua vez, disse que a renumeração dos pipeiros é feita pelo Exército e que a pasta “apenas faz o repasse dos recursos”. Além disso, apontou que “as necessidades de recursos adicionais foram formalmente encaminhadas ao Ministério da Economia, para que seja possível retomar, o quanto antes, a operação”.


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