Segundo o economista, expansão é resultado da política lulista de colocar dinheiro nas mãos de quem precisa
Em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV
247, o economista Paulo Nogueira Batista Júnior fez uma análise detalhada sobre
o atual cenário econômico do Brasil, após o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) divulgar um crescimento de 0,9% no Produto Interno Bruto
(PIB) do país no segundo trimestre de 2023. Uma das primeiras observações de
Batista Júnior foi a reviravolta positiva na previsão de crescimento econômico.
No início do ano, as estimativas apontavam para um modesto crescimento de
apenas 0,8%, porém, o Brasil agora está caminhando para um crescimento em torno
de 3% ou até mais. Ele atribui esse aumento às políticas adotadas pelo governo
Lula da Silva, que colocou dinheiro nas mãos daqueles que mais precisavam,
estimulando o consumo e a retomada econômica. "Estamos caminhando para um
crescimento de 3% ou até mais neste ano", afirmou.
O economista destacou que esse princípio de retomada gerou um
impulso de confiança nos mercados e na população, impulsionando o crescimento
econômico. No entanto, ele também lançou luz sobre problemas estruturais da
economia brasileira. Uma das críticas mais contundentes de Batista Júnior recai
sobre o sistema tributário brasileiro, que ele classifica como
"escandalosamente injusto". Ele argumenta que a taxação dos
super-ricos é um tema sensível no Congresso, que mantém uma forte ligação com o
capital financeiro e é resistente a essa mudança. O economista alega que sempre
que se tenta fazer justiça tributária, os ricos ameaçam fugir do país – o que
nunca ocorre.
Outro ponto abordado foi a política de juros altíssimos no Brasil, que, segundo Batista Júnior, cria um ambiente favorável para os rentistas, mas não torna a atividade econômica real atrativa. Ele expressou preocupação com a dependência excessiva do Brasil em relação aos ganhos financeiros em detrimento da produção e do investimento real. Assista: