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 Carlos Murillo afirmou que ofertas foram feitas em cinco reuniões antes do governo Bolsonaro aceitar acordo para fornecimento da vacina contra a Covid

Carlos Murillo, diretor da Pfizer, afirma que foram feitas 8 ofertas de oferta da vacina ao governo Bolsonaro antes de acordo ser assinado

O diretor geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmou na CPI da Covid que a farmacêutica fez duas ofertas de fornecimento de vacinas ao governo Bolsonaro em agosto do ano passado. Outras duas propostas foram apresentadas em novembro de 2020. Todas foram recusadas pelo governo federal e só em março de 2021, quase sete meses depois da primeira oferta, foi fechado o primeiro contrato para compra de vacinas contra a Covid.

Em depoimento na CPI da Covid, Murillo detalhou as propostas. 

A primeira oferta foi feita em 14 de agosto. Na data, a farmacêutica apresentou a possibilidade de entregar 30 milhões de doses ao longo de 12 meses, mas a primeira remessa seria enviada ainda em dezembro do ano passado. Na mesma data, foi apresentada uma outra possibilidade. A empresa forneceria 70 milhões de doses, entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021.

A segunda oferta foi feita em 18 de agosto de 2020. Novamente duas propostas foram apresentadas ao governo Bolsonaro, mas, desta vez, seriam entregues 1,5 milhão de doses já em dezembro do ano passado, três vezes mais do que o volume das ofertas do dia 14.

Uma terceira rodada de conversas se deu em 26 de agosto e o volume das propostas foi mantido, com mudanças só no escalonamento de entregas das doses.

Em 11 de novembro, nova oferta foi feita ao governo Bolsonaro, segundo Murillo. Desta vez, seriam 70 milhões de doses, mas as entregas só começariam no primeiro trimestre, não mais em 2020.

Em 15 de fevereiro, a quinta tentativa de venda da vacina da Pfizer foi feita. A empresa ofertou 100 milhões de doses, mas, desta vez, a entrega da primeira remessa se daria só a partir do segundo trimestre de 2021, ou seja, a partir de abril.

O primeiro contrato com a Pfizer só foi aprovado em 8 de março, na qual 100 milhões de doses foram ofertadas ao governo Bolsonaro com a entrega escalonada entre abril e setembro deste ano.

A vacina da Pfizer teve o registro definitivo aprovado na Anvisa em 23 de fevereiro.

foto ilustrativa


 Com



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