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 O ocupante do Palácio do Planalto usa como critério de acesso uma linha de pobreza que ignora inflação e os padrões internacionais

   (Foto: Edição 247)

Jair Bolsonaro (sem partido) elevou o teto de renda permitido para ingresso no novo Bolsa Família a um patamar que não repõe a perda inflacionária dos últimos anos e ignora o critério internacional de pobreza usado por organismos como a ONU (Organização das Nações Unidas), informa a Folha de S.Paulo.

O Bolsa Família considerava como pobre —portanto, elegível ao programa— a família com renda mensal per capita de até R$ 178.

Bolsonaro reajustou o montante para R$ 200 na segunda-feira (8) por meio de decreto que regulamentou o Auxílio Brasil.

O reajuste concedido por Bolsonaro é de 12,3%, enquanto a inflação acumulada no período foi de 20,8% (medida pelo INPC, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o mesmo usado para reajustar o salário mínimo e benefícios como pensões e aposentadorias). Caso a inflação fosse considerada, o valor deveria ser reajustado para R$ 215.

Bolsonaro ignorou também os critérios internacionais. A ONU e o Banco Mundial consideram como em estado de extrema pobreza a família com renda diária de até US$ 1,90 per capita —equivalente a R$ 313 mensais, segundo o câmbio atual.

Esse critério é usado globalmente pela ONU no compromisso de erradicar a extrema pobreza até 2030, adotado em 2015 por 193 países-membros da entidade.


 Com



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