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O ex-coach argumentou que o dinheiro pedido aos eleitores é para continuar "atirando em comunista"

O ex-coach Pablo Marçal | Foto: Extração YouTube

Durante participação no podcast Primocast, o candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal afirmou que precisa de “munição” para levar sua campanha adiante. Ele solicitou que a produção da live fixasse nos comentários a chave Pix para doações à sua campanha. Além disso, Marçal mencionou ter arrecadado R$ 270 mil em doações, levantadas por meio de outro podcast, voltado ao gênero policial.

“A Marina Helena, que é do Novo, está usando dinheiro público. O Boulos tem R$ 40 milhões; eu tenho zero. Se vocês puderem ser gentis comigo, se você puder doar R$ 5 ou R$ 50, ajude. A única coisa que falta para ganhar a eleição é dinheiro”.

O ex-coach argumentou que o dinheiro pedido aos eleitores é para ele “continuar atirando em comunista”.

Segundo informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), através do sistema DivulgaCand, Pablo Marçal declarou um patrimônio superior a 193,5 milhões de reais. Esse valor é quase quatro vezes maior que a soma dos bens de todos os seus adversários políticos, cujas posses totalizam aproximadamente 54,7 milhões de reais.

Marçal se tornou conhecido por ser empresário de sucesso e pregar princípios de “prosperidade”.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) marcou para segunda-feira, 23, às 14h, o julgamento que pode liberar as redes sociais do candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB).

Os desembargadores da Corte irão julgar um recurso apresentado pelo influenciador digital, no qual ele solicita a derrubada da liminar concedida em 24 de agosto pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, a pedido do PSB de Tabata Amaral.

Na ocasião, o juiz determinou a suspensão das contas de Marçal no Instagram, Tiktok e YouTube.
“Campeonatos de cortes”

A legenda acusa o candidato do PRTB de cometer abuso de poder econômico e uso indevido de meio de comunicação ao promover “campeonatos de cortes”.

“Para coibir flagrante desequilíbrio na disputa eleitoral e estancar dano decorrente da perpetuação do ‘campeonato’, defiro o pedido de liminar, sob pena de imposição de multa diária no valor de R$ 10 mil”, afirmou o juiz em sua decisão.

Em sua decisão, Patiño Zorz afirmou que monetizar cortes “equivale a disseminar continuamente uma imagem sem respeito ao equilíbrio que se preza na disputa eleitoral. Notadamente, o poderio econômico aqui estabelecido pelo requerido Pablo suporta e reitera um contínuo dano e o faz, aparentemente, em total confronto com a regra que deve cercar um certame justo e proporcional”.

Segundo o magistrado, não há transparência sobre o fluxo de recursos usados na monetização.

“Conste que há documento demonstrando que um dos pagamentos proveio de uma das empresas pertencentes ao requerido Pablo, o que pode configurar uma série de infrações.”
Por que Marçal continua publicando nas redes?

Embora as redes sociais de Marçal tenham sido bloqueadas por determinação do juiz da 1ª Zona Eleitoral, o ex-coach continuou publicando em contas alternativas, já que não foi proibido de criar novos perfis nas redes.

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