Candidata democrata colocou o republicano na defensiva
Kamala Harris (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)A candidata democrata Kamala Harris colocou Donald Trump na defensiva em um debate presidencial acirrado, criticando sua aptidão para o cargo, seu apoio às restrições ao aborto e seus problemas legais. Ex-promotora, Harris, aos 59 anos, dominou o debate desde o início, irritando Trump, que aos 78 anos, respondeu com várias inverdades.
Harris provocou Trump ao dizer que as pessoas frequentemente deixam seus comícios "por exaustão e tédio". Em resposta, Trump, frustrado com o tamanho das multidões de Harris, exagerou ao descrever seus comícios como "os maiores e mais incríveis da história da política". Ele também fez uma alegação falsa, amplificada por seu vice, o Senador JD Vance, sobre imigrantes comendo animais de estimação em Ohio, a qual Harris descartou com descrença.
O debate, único agendado antes da eleição, aconteceu oito semanas antes do pleito, com votação antecipada começando em breve em alguns estados. Os candidatos discutiram imigração, política externa e saúde, mas sem entrar em detalhes de políticas específicas.
Harris focou em Trump, deixando seus aliados otimistas e alguns republicanos preocupados com a performance de Trump. Ele reiterou a falsa alegação de fraude eleitoral em 2020, rotulou Harris de "marxista" e falsamente atribuiu um surto de crimes violentos aos migrantes.
Marc Short, ex-chefe de gabinete do vice-presidente Mike Pence, criticou Trump por se desviar para teorias de conspiração. Após o debate, Taylor Swift endossou Harris e seu companheiro de chapa Tim Walz, o que pode ter influenciado a opinião pública, como indicado pela queda nas probabilidades de vitória de Trump no PredictIt.
Trump sugeriu que um segundo debate seria desnecessário, já que ele acreditava ter vencido o primeiro. O debate começou com um aperto de mãos surpresa, significativo para Harris, que entrou na corrida presidencial recentemente após a saída de Biden.
Ela atacou veementemente as políticas de Trump sobre o aborto e tentou associá-lo ao controverso Projeto 2025. Trump negou envolvimento, apesar de alguns de seus assessores estarem ligados ao projeto.
Os candidatos também debateram sobre a economia e política externa, áreas em que cada um apresentou críticas diretas às políticas do outro, embora sem detalhar soluções para os conflitos internacionais mencionados.