© Hully Paiva/SMCS Atualmente, o Brasil aplica na população a CoronaVac e a vacina da AstraZeneca/Oxford. O governo assinou contratos com Pfizer e Janssen para a compra de 138 milhões de doses
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) entrou com ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para garantir que o presidente Jair Bolsonaro compre doses suficientes para a vacinação em massa contra a covid-19 no Brasil.
Na ação, o presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, afirma que o governo federal vê a imunização “mais como um problema do que uma solução”. Ele cita os atrasos na campanha de vacinação e o risco do surgimento de novas variantes do coronavírus decorrentes desse retardo.
“O que temos vivenciado no país é uma violação sem precedentes do direito à vida e à saúde”, diz.
Segundo a OAB, o governo “deslegitima a vacinação”.
“Em inúmeros episódios, aqueles que deveriam ser responsáveis por gerir as crises, se valeram de seus discursos e cargos para deslegitimar a vacinação, discriminando os imunizantes de determinados países e fazendo terrorismos sobre os possíveis efeitos da vacina na saúde da população”, lê-se na ação.
O governo federal anunciou na 6ª feira (19.mar.2021) que assinou contratos com as farmacêuticas Pfizer e Janssen (braço da Johnson & Johnson) para a compra de 138 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. São 100 milhões do imunizante da Pfizer e 38 milhões do da Janssen. Os contratos estipulam que as entregas devem ser realizadas até o fim deste ano.
Atualmente, são aplicadas na população a CoronaVac e a vacina da AstraZeneca/Oxford.
O Brasil completou 2 meses de vacinação contra a covid na 4ª feira (17.mar.2021). Durante esse período, o país aplicou a 1ª dose em 5% dos seus 213 milhões de habitantes.
É 17 pontos percentuais a menos que os Estados Unidos, que começou a vacinação 2 meses antes e tem 118 milhões de pessoas a mais que o Brasil. Os dados são de projeção da ONU e do Our World in Data.
A OAB diz que a atitude do governo federal “tem sido descrita por especialistas da saúde e pela mídia, dentro e fora do país, como um dos fatores que contribuíram para a conjuntura calamitosa atual”. É preciso, afirma a entidade, que sejam tomadas medidas urgentes e drásticas.
O Brasil tinha 11.871.390 casos e 290.314 mortes por covid-19 até 17h30 de 6ª feira (19.mar.2021) Os dados são do Ministério de Saúde.
Foram confirmadas mais 2.815 vítimas. É o 2º número mais alto de mortes registradas em 24 horas desde o início da pandemia. Apenas 16 de março teve mais mortes confirmadas (2.841).
Com |