Estatal vai destinar US$ 111 bilhões, uma alta de 8,8% em relação ao plano atual, de US$ 102 bilhões, para os anos de 2024 a 2028
A Petrobras anuncia nesta quinta-feira seu novo plano de negócios para os anos de 2025 a 2029. A estatal vai investir US$ 111 bilhões, uma alta de 8,8% em relação ao plano atual, de US$ 102 bilhões, para os anos de 2024 a 2028.
No primeiro plano sob a gestão de Magda Chambriard, o foco da
empresa é ampliar a produção de petróleo e gás. A área vai receber recursos de
US$ 77 bilhões. Em seguida, aparece o segmento de refino, transporte,
comercialização, petroquímica e fertilizantes (RTC), com US$ 20 bilhões.
A produção da estatal para o período é estimada em 3,2
milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia (boed). A empresa projeta
ainda a distribuição de dividendos ordinários com faixa que começa em US$ 45
bilhões e flexibilidade para pagamentos de dividendos extraordinários de até
US$ 10 bilhões entre 2024 e 2029. No ano passado, a companhia distribuiu
dividendos totais de R$ 72,4 bilhões. Veja os principais destaques
Margem Equatorial
Para explorar novas bacias, a estatal vai destinar US$ 7,9
bilhões. A estatal tem planos de continuar estudando a Margem Equatorial, que
vai do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte. A companhia aguarda o aval do
Ibama para iniciar a primeira perfuração na Bacia da Foz do Amazonas, no
litoral do Amapá.
Bacia de Pelotas
A estatal vai iniciar os estudos símios na bacia de Pelotas,
no litoral do Rio Grande do Sul. A estatal tem 29 blocos na bacia em parceria
com outras empresas.
Campos e Santos
A Petrobras vai ampliar os investimentos na recuperação dos
campos antigos da Bacia de Campos, em áreas como as de Marlim Leste/Sul,
Jubarte, Albacora, Barracuda-Caratinga e Raias Manta e Pintada. Além disso, vai
ampliar a perfuração de poços para elevar a produção de gás.
A Bacia de Santos também vai receber mais investimentos para
evitar a perda de produtividade dos principais campos produtores.
Fertilizantes
A área deve receber aportes superiores a R$ 6 bilhões. A
estatal vai retomar a produção de fertilizantes, que estava suspensa. Para
isso, vai investir na retomada da Araucária Nitrogenados (Ansa), no Paraná, que
já está em curso e tem investimentos previstos de R$ 870 milhões. A estimativa
é que a fábrica volte a operar em maio de 2025.
A unidade Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), localizada em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, cujas obras estavam paradas desde 2015, vai ser concluída. A previsão é de R$ 3,5 bilhões em investimentos e a operação iniciada em 2028.
Ainda há uma previsão em estudo pela estatal de retomar as
operações das duas Fafens, que estão arrendadas para a Unigel, segundo fontes
do setor.
Refino
O segmento de refino vai receber sozinho recursos acima de
R$60 bilhões. No setor, estão previstas ampliações das unidades. A Refinaria
Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, aumentará sua capacidade de produção de 80
mil barris por dia para 130 mil barris diários em fevereiro do próximo ano, com
a conclusão das obras de ampliação da primeira unidade da refinaria.
Em 2026, a capacidade da Rnest será ampliada para 180 mil
barris por dia. Além disso, no primeiro semestre de 2025, será concluída a
expansão da Replan, em Paulínia. A Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar)
também vai receber investimentos orçados em R$ 3,2 bilhões
A estatal aposta na ampliação da produção de biorrefino, com
o diesel coprocessado (com 5% de conteúdo renovável). Um dos principais
projetos é a construção de uma nova unidade no antigo Comperj, no Rio.
Área internacional
Na área internacional, a companhia investirá nas recentes
descobertas de gás na Colômbia e em um bloco em águas profundas na África do
Sul.
Biocombustíveis
A estatal vai ampliar a produção de diesel verde, além de
iniciar a produção de combustível sustentável de aviação (SAF) e acelerar o
Bunker 24, com óleos vegetais. A estatal retirou de sua carteira de
desinvestimentos a PBio, subsidiária que atua no segmento.
Da Redação