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Torres foi ouvido na sede da corporação, em Brasília. Depoimento inicialmente estava marcado para abril, mas foi adiado a pedido da defesa.

Anderson Torres em foto de 15 de junho de 2022, quando ainda era ministro da Justiça do governo Bolsonaro. — Foto: REUTERS/Adriano Machado/File Photo

O ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL) Anderson Torres deixou a sede da Polícia Federal na tarde desta segunda-feira (8) após depor no inquérito que apura a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições de 2022 (relembre abaixo).

Em nota, a defesa de Torres disse que o "depoimento ocorreu dentro da normalidade". "Anderson Torres compareceu à sede da Polícia Federal, abriu mão de seu direito constitucional ao silêncio e respondeu todos os questionamentos formulados", afirmaram os advogados.

O teor do depoimento não foi divulgado.
Ainda segundo a defesa, Torres "mantém a postura de cooperar com as investigações, uma vez que é o principal interessado no rápido esclarecimento dos fatos e acredita que a verdade prevalecerá".

orres chegou à PF por volta das 14h. Ele retorna ao Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do DF, onde está preso desde janeiro. Torres está detido devido a outra investigação, por suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando as sedes dos três poderes foram depredadas.

Escolta em frente à sede da Polícia Federal, em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução

A PF pretendia ouvir o ex-ministro no dia 24 de abril, mas o depoimento foi adiado para esta segunda a pedido da defesa de Torres, que alegou "piora" no estado de saúde dele.

A defesa ainda tenta reverter a prisão preventiva do ex-ministro. Em recurso, alega que já não estão presentes as justificativas previstas em lei para manter a decisão.

Atuação da PRF
Há suspeita de que a PRF tenha agido para dificultar o acesso de eleitores às urnas, principalmente no Nordeste.

Um relatório do Ministério da Justiça entregue à Controladoria Geral da União (CGU) mostra que a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, onde Lula (PT) era favorito, contra 571 no Sudeste, entre 28 e 30 de outubro, vésperas e dia do segundo turno das eleições de 2022.

À época, o Ministério da Justiça – ao qual a PRF está subordinada – era comandado por Torres. Atual ministro da Justiça, Flávio Dino afirmou que os dados apresentados pela PRF apontam ao menos três "anomalias" na corporação durante as eleições de 2022:

concentração de operações no Nordeste;
mudanças no planejamento inicial;
e uma determinação para que a PRF atuasse em conjunto com a Polícia Federal no segundo turno.
 Com

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