PUBLICIDADE

ECONOMIA

CUITEGI

FOTOS

EMPREGOS

    Por Matheus Leitão 

Em sua última aparição pública, Jair Bolsonaro não só admitiu a inelegibilidade e voltou a falar de um eventual mandado de prisão contra si. Teve mais. O ex-presidente também defendeu os seguidores golpistas de sua seita, responsável pelos atos terroristas do dia 8 de janeiro.

O problema é que, para agravar a situação, o ex-presidente usou uma tese que vem sendo difundida na internet pela extrema-direita, grupo político que lidera. A mentira é seguinte: a de que o quebra-quebra já tinha sido feito quando bolsonaristas chegaram no Palácio do Planalto, no Supremo e no Congresso.

“Todas as informações que temos –  inclusive em vídeo – são a de que o pessoal de dentro [estava] esperando o pessoal chegar com tudo quebrado já. No dia seguinte, quase duas mil pessoas acusadas de terrorismo. Terrorista que não foi encontrado com um canivete sequer. Golpistas que não tinham articulado com tropa, não tinham comandantes”, mentiu o ex-presidente.

Pressionado por apoiadores, Bolsonaro tem buscado alguma forma de sinalizar apoio aos presos daquele dia que entrou para história pela infâmia. O ex-mandatário sabe que arou a terra e fez de tudo para que o 8 de janeiro – ou uma tentativa de golpe – fosse possível no Brasil.

Agora, em uma situação na qual pode acabar responsabilizado – e deveria ser, na opinião da coluna -, o ex-presidente tenta achar uma forma de defender o indefensável (ou propagar essa fakenews) para tentar ao menos dar uma satisfação ao seu eleitorado.

Bolsonaro fez política como presidente defendendo ideias antidemocráticas. Imitando a extrema-direita ao redor do mundo, instou a violência contra os outros poderes constituídos, rasgando a constituição que jurou defender.

Hoje, sem as proteções do cargo e há 75 dias como um civil sem mandato, pode ver as reações das instituições serem maiores do que aquelas notas de repúdio das quais ria, ainda como presidente.

 Com

3
0 Comentários

Postar um comentário