As autoridades presentes discutiram, nesta tarde, uma possível necessidade de cumprimento de ordem de prisão, caso a medida seja determinada pela Justiça.
Um tema sensível chegou a ser tratado na reunião entre a
Polícia Federal, a Secretaria de Segurança do Distrito Federal e outras
autoridades que definiram o esquema da chegada de Jair Bolsonaro em Brasília,
marcada para esta quinta-feira.
As autoridades presentes discutiram, nesta tarde, uma
possível necessidade de cumprimento de ordem de prisão, caso a medida seja
determinada pela Justiça. Foi levantada a questão para qual local o
ex-presidente deveria ser levado, mas não se chegou a uma definição.
O acertado foi que o local seria decido se, de fato, uma
ordem de prisão de Bolsonaro vier a ser expedida pela Justiça.
Outro ponto definido no encontro foi que, se houver
manifestantes no aeroporto de Brasília, o capitão reformado não poderá sair
pelo saguão principal, mas terá que usar uma rota alternativa. Dessa maneira,
Jair Bolsonaro não deve ter contato direto com populares dentro do aeroporto.
Parlamentares bolsonaristas estão convocando apoiadores para comparecer ao
espaço para recepcioná-lo.
A justificativa para a medida é que Brasília é o maior hub
doméstico do país e qualquer tumulto pode criar um cenário de caos e atrasos de
voos em outras cidades.
Além de representantes da PF e da Secretaria de Segurança
Pública do DF, estavam presentes autoridades da Polícia Militar, Polícia Civil,
Bombeiros, Exército, Aeronáutica e da segurança do ex-presidente.
Jair Bolsonaro está nos Estados Unidos desde 30 de dezembro,
quando deixou o Brasil e não passou a faixa presidencial a Lula. O
ex-presidente sinalizou abertamente a aliados que um dos seus maiores temores
era ser preso logo que deixasse o Palácio do Planalto.