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 Férias de Ciro Nogueira é prova do naufrágio

 O governo Bolsonaro acabou. Com a impossibilidade da reeleição materializada pela candidatura empacada em uma rejeição de 52%, o presidente começa a assistir ao desembarque. Nesta quinta-feira, o golpe furou o casco de vez: Ciro Nogueira (PP), o todo-poderoso ministro da Casa Civil, presidente do Progressistas (PP) e integrante da coordenação da campanha de Jair Bolsonaro, simplesmente abandonou o barco.

A nove dias das eleições, decidiu tirar férias. Alegou que precisa se dedicar ao Piauí, onde sua ex-mulher Iracema Portella, também do PP, é candidata a vice-governadora de Sílvio Mendes (União Brasil). Antes de fazer o movimento derradeiro, o manda-chuva do Centrão garantiu mais R$ 3 bilhões para os comparsas do orçamento secreto, liberados pelo Tesouro há duas semanas.

Sem qualquer constrangimento para deixar a nau que afunda, o ministro disse que “tem direito a férias”, e que vai se empenhar na reeleição de Bolsonaro no Nordeste. Só não contou que no seu estado natal, associar-se a Bolsonaro é enterro eleitoral certo. A ponto de o seu PP ter acionado o TRE para impedir que a campanha regional fosse vinculada ao presidente.

Aos governantes em final de mandato é costume servir café frio. Mas é a primeira vez que um candidato à reeleição tem de tomá-lo antes do veredito das urnas.

 Com

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