Senador defendeu que a Comissão "precisa incluir" o ministro da Economia e o secretário nacional de política econômica, Adolfo Sachsida, no texto final do relator Renan Calheiros (MDB-AL)
Reprodução YouTube Foco do BrasilO vice-presidente da
CPI da Covid, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou, nesta
segunda-feira (18), em entrevista ao portal Uol, que a CPI "precisa
incluir" o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário nacional de
política econômica, Adolfo Sachsida, no texto final do relatório da comissão.
Segundo Randolfe, Guedes deve ser indiciado pelo "crime contra a ordem
sanitária".
Randolfe disse que o relatório de pouco mais de 1.200 páginas
preparado por Renan Calheiros, relator da comissão, não deve conter o
indiciamento de Guedes, mas que em um documento elaborado pelo senador
Alessandro Vieira (Cidadania-SE), há a inclusão do chefe da Economia.
O senador afirmou ainda que será discutido a ampliação do
escopo do relatório final para que exista a possibilidade de incluir o nome de
Guedes. "[Há] aspectos a ser acrescentado, como o indiciamento do ministro
Paulo Guedes e do secretário nacional de política econômica", afirmou o
senador.
A CPI tem "documentos encaminhados pelo próprio
ministério da Economia em que praticamente a pasta confessa que a estratégia da
imunidade de rebanho" era a "estratégia mais eficaz" para o país
combater o coronavírus, ao visar "a infecção de todos", completou
Randolfe.
Paulo Guedes já chegou a falar publicamente sobre a imunidade
de rebanho. Em abril, o ministro alegou que esperava o país chegar à imunização
contra a Covid-19 em até quatro meses.
"Acho que esse baque com o recrudescimento da pandemia
será menor, a queda será menor e muito mais curta do que a queda anterior,
exatamente porque estamos com a vacinação em massa, com isso tudo (...) espero
que em três, quatro meses, a gente tenha atingido aquele ponto crítico da imunização
de rebanho e que retorno seguro ao trabalho vai acontecer", afirmou Guedes
em abril.