Oito das onze atividades pesquisadas, no âmbito do varejo ampliado, fecharam o ano no campo positivo
O volume de vendas do varejo paraibano registrou a segunda maior taxa de crescimento do País em 2024 entre as 26 unidades da federação e o Distrito Federal, segundo revelou a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (13). No ano passado, as vendas do indicador na Paraíba expandiram 11,4%, enquanto a taxa média do País foi de 4,7%. O Estado do Amapá liderou com 15,5%.
No desempenho dos 12 meses do varejo em 2024, a Paraíba
alcançou posições relevantes: em três meses, alcançou as maiores taxas do País
(fevereiro, junho e outubro) e em outros quatro meses a segunda maior taxa
(maio, julho, agosto e setembro). As taxas de crescimento também foram
expressivas. Dos 12 meses, oito foram com crescimento acima de dois dígitos
(fevereiro, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro), alcançando
as maiores taxas foram agosto (19,9%); outubro (19,1%) e julho (18%).
COMÉRCIO AMPLIADO – No indicador do comércio varejista ampliado –, que
inclui atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e
atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo –, a Paraíba
apresentou também a 2ª maior taxa de crescimento do País (11%) em 2024,
enquanto a média nacional ficou em 4,1%.
SEGMENTOS QUE MAIS CRESCERAM – Oito das onze atividades
pesquisadas, no âmbito do varejo ampliado, fecharam o ano no campo positivo:
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; Veículos e motos,
partes e peças, Outros artigos de uso pessoal e doméstico; Material de
construção; Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; Móveis
e eletrodomésticos; Tecidos, vestuário e calçados; e Equipamentos e material
para escritório, informática e comunicação.
RECORDES SUCESSIVOS – O gerente da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE,
Cristiano Santos, afirmou que “a expansão registrada no ano passado levou a
série do índice a novos níveis recordes sucessivos, o que não acontecia desde
2020, atingindo o patamar máximo em outubro. Um aspecto importante sobre o
varejo restrito na perspectiva anual é de que, na margem, viemos de dois meses
de estabilidade (novembro e dezembro). No entanto, vale lembrar que essa
estabilidade sustenta um patamar recorde que foi atingido em outubro de 2024,
ou seja, é uma estabilidade na alta”, avalia o gerente da pesquisa que
acrescentou:
“Em termos setoriais, o grande destaque foi o setor
farmacêutico, que é a única atividade a sustentar também oito anos de
crescimento contínuo. Nesse caso, ambos os subsetores cresceram ao longo de
2024: tanto o de produtos farmacêuticos em si quanto o de perfumaria e
cosméticos. O setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba
lojas de departamentos, material esportivo, entre outros, também teve saldo
bastante positivo.”
DESEMPENHO CONSISTENTE NO ANO – O secretário de Estado da
Fazenda (Sefaz-PB), Marialvo Laureano, destacou o desempenho consistente do
indicador do varejo na Paraíba ao longo do ano de 2024, mostrando a força do
setor no Estado. “O varejo é um dos termômetros da economia e, neste aspecto, o
setor na Paraíba se mostrou com índices invejáveis em praticamente todo o ano.
Para se ter uma ideia, dos doze meses deste ano, a Paraíba ficou três meses em
primeiro lugar e quatro meses em segundo lugar, alcançando sempre taxas
expressivas”, reiterou.
RAZÕES DO CRESCIMENTO DO VAREJO – Segundo Marialvo, o resultado do varejo de 2024 mostra o acerto da gestão pública do Estado com a política de fortalecimento e de parceria com o setor privado, tendo como grande condutor o governador João Azevêdo, que adotou uma política fiscal equilibrada andando de mãos dadas com a política de desenvolvimento regional planejado para o Estado.
Da Redação