Polícia Federal afirmou que paraibano que desapareceu no Japão foi preso sob suspeita de tráfico internacional de drogas.
Vitor Daniel Claudino, paraibano que desapareceu no Japão e foi detido sob suspeita de tráfico de drogas. Reprodução/TV Cabo BrancoO paraibano que desapareceu durante viagem ao Japão, Vitor
Daniel Araújo Claudino, de 22 anos, foi encontrado e está detido no Aeroporto de Narita, no Japão, sob suspeita de
tráfico internacional de drogas, segundo a Polícia Federal.
Vitor Daniel desapareceu após uma escala no Catar que tinha
como destino final a cidade de Tóquio, capital japonesa. O último contato dele
com a família ocorreu na sexta-feira (24), enquanto ainda estava em um
aeroporto do Catar.
De acordo com a Polícia Federal, Vitor Daniel foi detido sob
a acusação de tráfico internacional de drogas e permanecerá na delegacia do
Aeroporto Internacional de Narita até a conclusão das investigações. O Jornal
da Paraíba reuniu abaixo tudo que se sabe sobre o caso até o momento.
Quem é o paraibano que desapareceu no Japão?
Vitor Daniel Claudino, de 22 anos, nasceu em Campina Grande,
na Paraíba, mas recentemente tinha se mudado para o Rio de Janeiro, onde
trabalhava como gerente de um restaurante. O irmão do jovem, Júnior Claudino,
afirmou que essa era a primeira vez que ele viajava para fora do país.
“Era uma viagem a passeio. Quem conhece ele sabe que é um
rapaz que gosta de viajar. Ele nunca viajou para fora, mas viajava dentro da
Paraíba e do Brasil. Ele teve essa oportunidade e foi conhecer o Japão. Até
agora ele não deu notícias", afirmou o irmão.
O que Vitor foi fazer no Japão?
Segundo o irmão de Vitor, a família não tinha muitos detalhes
sobre o que ele iria fazer no país asiático. A notícia da viagem foi dada de
forma repentina. Os parentes foram informados apenas que a passagem e a
hospedagem seriam custeadas por um amigo do jovem.
“Ele comentou que tinha encontrado um amigo, que esse amigo
ia ajudar ele na despesa da viagem, mas ele não falou pra onde era. Ele (o
amigo) tinha conhecimento lá no Japão. Meu irmão gosta muito de viajar, de
conhecer lugares. Esse rapaz ninguém conhece, ninguém sabe quem é, ele também
não falou desse rapaz”, afirmou Júnior Claudino.
Paraibano desapareceu em escala no Catar
Vitor viajou sozinho para São Paulo e embarcou em um avião no
Aeroporto Internacional de Guarulhos, com escala prevista no Catar. De acordo
com a família, ele mantinha contato com o irmão por meio de um aplicativo de
mensagens, até o momento em que chegou ao Catar, no Oriente Médio.
Ao chegar ao país, na sexta-feira (24), ele avisou ao irmão
que pegaria um novo avião para o Japão. Desde então, Vitor não fez mais nenhum
contato com a família.
A família então acionou a Polícia Civil e a Polícia Federal
para tentar encontrá-lo. A Polícia Federal informou que o registro da
ocorrência do desaparecimento de Vitor foi realizado na tarde da quarta-feira
(29).
Localização do paraibano que desapareceu durante viagem ao
Japão
De acordo com informações dadas pela Polícia Federal nesta
terça-feira (4), Vitor Daniel foi encontrado detido no Aeroporto de Narita, no
Japão, sob suspeita de tráfico internacional de drogas e permanecerá na
delegacia do Aeroporto Internacional de Narita até a conclusão das
investigações.
A informação foi confirmada pelo irmão do jovem, Júnior
Claudino, que relatou ter recebido atualizações do consulado e da embaixada
brasileira no Japão. Ele afirmou desconhecer os detalhes da prisão, mas foi
informado de que Vitor está bem e sob investigação da polícia local.
O que dizem as autoridades?
O Itamaraty disse que tem conhecimento do caso e que presta
assistência consular. O Jornal da Paraíba fez contato também
com a embaixada do Brasil em Tóquio, mas não recebeu resposta até a última
atualização desta notícia.
De acordo com a Polícia Federal, Vitor Daniel permanecerá
detido na delegacia do Aeroporto Internacional de Narita até a conclusão das
investigações.
O que diz a família e a defesa de Vitor?
De acordo com o irmão de Vitor, Júnior Claudino, a família
ficou aliviada após receber notícias sobre o paradeiro dele.
"Graças a Deus, tivemos notícias dele. O que importa é
que está vivo. Independente do que esteja acontecendo lá, para nós, da família,
o que realmente importa é que ele está vivo", afirmou o irmão.
A advogada Thaíse Guedes, que está representando o paraibano, disse que ainda não sabe com que tipo de droga ele foi encontrado. Ela acredita, no entanto, que Vitor tenha sido usado em “um esquema maior”, e foi como ‘mula’ para Ásia. Thaíse destacou que um tratado entre o Japão e o Brasil permite a deportação de condenados para o país de origem. Com isso, a defesa pretende buscar meios de trazer Vitor de volta ao território brasileiro caso haja uma confirmação de pena.
Da Redação