Jorge Guaranho foi sentenciado por homicídio duplamente qualificado por assassinar petista em festa de aniversário no ano de 2022
O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado nesta quinta-feira (13) a 20 anos de prisão pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, em 9 de julho de 2022.
A sentença, proferida pelo Tribunal do Júri de Curitiba,
considera o crime como homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e
perigo comum. A pena será cumprida inicialmente em regime fechado, mas cabe
recurso da decisão.
O crime ocorreu durante a festa de aniversário de 50 anos de
Arruda, que tinha como tema o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Guaranho, que não conhecia a vítima, invadiu o local exaltando o ex-presidente
Jair Bolsonaro e, após uma discussão, disparou contra Arruda. O crime chocou o
Brasil à época e se tornou símbolo da violência política da extrema direita.
Durante o julgamento, que se estendeu por dois dias, Guaranho
se recusou a responder perguntas do Ministério Público e classificou o
assassinato como uma "idiotice".
Ele afirmou que foi à festa para uma "brincadeira"
e que assassinou o petista em legítima defesa. "Foi uma
fatalidade", disse o homicida.
Em seu depoimento, desmontou a estratégia de sua defesa
ao afirmar que se lembrava do dia do crime, contradizendo a alegação de amnésia
pós-trauma sustentada por seus advogados.
Ainda cabe recurso da decisão.
Da Redação