Estadão Conteúdo
Ato da oposição ao
presidente Jair Bolsonaro, o chamado Grito dos Excluídos começou oficialmente
por volta das 14h45. Desde o fim da manhã, manifestantes se concentravam no
Vale do Anhangabaú, região central de São Paulo. A manifestação é organizada
por centrais sindicais, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), e por
partidos da esquerda, como PT, PSOL, PCdoB e outros.
A manifestação começou
com um ato ecumênico, reunindo representantes de diversas religiões (católicos,
evangélicos, religiões africanas e outras). A ação religiosa teve como mote o
combate à fome. Nas falas do Padre Antônio Alves, o presidente Jair Bolsonaro
foi chamado de “assassino” e “genocida” por tirar o pão do povo.
Gritos de “Fora,
Bolsonaro” são entoados pela organização e manifestantes. Ainda não foi
divulgada uma estimativa de público.
Durante a preparação
para a manifestação, o coordenador da Central de Movimentos Populares, Raimundo
Bonfim, lembrou que pela primeira vez, em 27 anos de existência, a pauta da
manutenção da democracia é parte do Grito dos Excluídos. “Historicamente, o
Grito levanta temas como o desemprego, fome e exclusão social para as ruas.
Desta vez, a questão da defesa da democracia se impôs. Não sair às ruas seria
um acovardamento. No futuro, seremos lembrados como parte dos setores que
atuaram para impedir um golpe”, disse.
Antes do início do ato,
a CUT promoveu uma distribuição de alimentos (com feijão, arroz, legumes,
saladas e frutas). Segundo os organizadores, os alimentos são oriundos de
agricultura familiar. Uma fila para a retirada dos alimentos se formou na
própria avenida São João, atrás do caminhão de som. Ação é contraponto ao
discurso do presidente Jair Bolsonaro sobre fuzis.