A empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia foi aberta com a ajuda
do lobista Marconny Albernaz de Faria, apontado pela Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) da Covid como um dos intermediários da Precisa Medicamentos.
A empresa é de Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair
Bolsonaro (sem partido). De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, a ajuda
foi apontada por trocas de mensagens. Conversas de WhatsApp entre o lobista e
Jair Renan mostram que os dois começaram a tratar do tema no dia 17 de setembro
de 2020.
Marconny escreveu: “Bora resolver as questões dos seus
contratos!! Se preocupe com isso. Como te falei, eu e o William estamos a sua
disposição para ajudar te ajudar”, disse. Jair Renan respondeu: “Show irmão. Eu
vou organizar com Allan a gente se encontrar e organizar tudo”.
Depois, o filho de Bolsonaro afirma que precisa abrir um
processo para registrar a marca no INPI marcas e patentes e abrir o MEI como
microempreendedor. Marconny disse: “Temos que marcar uma reunião para me dizer
o que está precisando. bora marcar na segunda”. Em resposta, o filho do
presidente responde com “Talkei”.
No mesmo dia, o lobista mandou uma mensagem para o advogado
William de Araújo Falcomer dos Santos, que o representa na CPI da Covid: “Posso
marcar uma reunião com o Renan Bolsonaro na segunda às 16h?”. Então, o advogado
diz: “Pode, marcado”. Então, em 22 de setembro, Marconny pede que William lhe
envie a localização de seu escritório para passar a Jair Renan.
Já no dia 11 de outubro, o lobista mandou uma reportagem
sobre a inauguração da empresa para William, que respondeu: “Fui lá ontem. Tava
legal”. Três dias depois, William afirmou “Renan veio aqui hj. Fiz o
certificado. Conversamos algumas coisas”, e Marconny respondeu: “coisa boa”.
Depois, o advogado afirmou: “Amanhã ele assina a abertura da 1 empresa dele”.
O advogado Frederick Wasseff afirmou que o filho do
presidente não tem nenhuma relação com o advogado William.