Partidos de centro-esquerda que aderiram aos atos contra Jair Bolsonaro convocados pelo MBL planejam uma investida para atrair o PT e evitar fracasso de público
Manifestação contra Bolsonaro em Brasília ( Foto: Heitor Mazzoco)
Por FÁBIO ZANINI
Líderes dos partidos de centro-esquerda que aderiram aos atos
contra Jair Bolsonaro convocados pelo MBL planejam uma investida para atrair o
PT e evitar fracasso de público de domingo (12) nas próximas manifestações.
A leitura é que não há como manter a pauta do impeachment e
atrair a população sem os petistas e movimentos da órbita do partido.
Carlos Lupi, presidente do PDT, disse à coluna Painel, da
Folha de S.Paulo, que há uma reunião prevista para a quarta-feira (15) com
cerca de 10 partidos e o tema principal é união contra o governo.
"A gente tem que ter capacidade de superar nossas
diferenças e olhar em primeiro lugar o Brasil e deixar para o segundo o plano
projetos políticos eleitorais", diz Lupi.
Para ele, para um primeiro ato a quantidade de pessoas não
foi ruim, mas é preciso unir todos que estão contra Bolsonaro.
Roberto Freire, presidente do Cidadania, diz que o partido
participará das reuniões em busca de unidade, mas culpa o PT pela decisão, para
ele equivocada, de não aderir aos atos.
Na visão de Freire, porém, os petistas estarão nas próximas
manifestações, previstas para outubro, "até por soberba" de mostrar
que conseguem atrair mais gente.