O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Luís Felipe Salomão,
incluiu na investigação sobre Jair Bolsonaro que corre no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) a apuração sobre a origem do financiamento dos atos golpistas
do 7 de setembro. O Judiciário quer saber quem realizou o pagamento de
transporte, diárias, quem participou da organização das manifestações e se elas
tiveram conteúdo de campanha eleitoral antecipada.
De acordo com informações da GloboNews, a investigação
pretende apurar eventual abuso de poder econômico e político, fraude, condutas
vedadas a agentes públicos, corrupção, uso indevido dos meios de comunicação
social, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda
extemporânea (antecipada).
O inquérito administrativo no TSE foi consequência de um
procedimento aberto para que autoridades públicas do país apresentassem provas
de fraude no sistema eletrônico de votação nas eleições de 2018, em particular
nas urnas eletrônicas. No dia 2 de agosto, o tribunal abriu um inquérito administrativo
contra Bolsonaro por causa dos ataques dele à confiabilidade das urnas.
Participantes dos atos bolsonaristas do 7 de setembro fizeram ataques ao Supremo Tribunal Federal, como uma tentativa de estimular um golpe no país. E uma das estratégias adotadas por Bolsonaro, antes dos atos, foi também criticar a segurança do sistema eleitoral brasileiro, ao sinalizar que não aceitará uma eventual derrota em 2022 caso não haja o voto impresso.