Presidente do partido, Bruno Araújo, chamou a Executiva da sigla para discutir nesta quarta-feira (8) a possível destituição do presidente Jair Bolsonaro e eventuais medidas legais contra ele.
Atos promovidos por Bolsonaro nesse 7/9 pedem por intervenção no SupremoPor Marcela Mattos, G1 — Brasília
O PSDB convocou uma
reunião extraordinária da Executiva do partido para discutir o impeachment do
presidente Jair Bolsonaro. O encontro está previsto para esta quarta-feira (8),
e foi marcado horas após as ameaças golpistas feitas pelo presidente ao Supremo
Tribunal Federal (STF) durante ato do 07 de Setembro.
Em Brasília, Bolsonaro
subiu em carro de som ao lado de ministros e atacou o Supremo.
"Não podemos
continuar aceitando que uma pessoa específica da região dos três poderes continue
barbarizando a nossa população. Não podemos aceitar mais prisões políticas no
nosso Brasil. Ou o chefe desse poder enquadra o seu ou esse poder pode sofrer
aquilo que nós não queremos", disse o presidente.
'Ou o chefe desse poder
enquadra o seu, ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos', diz
Bolsonaro
'Ou o chefe desse poder
enquadra o seu, ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos', diz
Bolsonaro
A reunião do PSDB foi
convocada pelo presidente da sigla sob a justificativa de que Bolsonaro fez
"gravíssimas declarações".
“O presidente do PSDB,
Bruno Araújo, convoca reunião Extraordinária da Executiva para esta
quarta-feira, para diante das gravíssimas declarações do presidente da
República no dia de hoje, discutir a posição do partido sobre abertura de
impeachment e eventuais medidas legais”, divulgou a legenda em uma rede social.
Em 2015, o PSDB foi um dos principais articuladores do impeachment da então presidente Dilma Rousseff. A legenda tem, atualmente, 33 deputados e sete senadores.
Cabe ao presidente da
Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), instaurar o processo de impeachment.
Bolsonaro é alvo de mais uma centena de pedidos de abertura da ação, mas Lira,
que tem adotado uma posição de aliado ao Palácio do Planalto, ainda não se
manifestou sobre o assunto.
Doria se manifesta
Possível adversário de
Jair Bolsonaro em 2022, o governador de São Paulo, João Doria, se manifestou
pela primeira vez em favor ao impeachment do presidente da República. Nesta
terça-feira (7), Doria defendeu a destituição do presidente por considerar que
ele “afronta a Constituição”.
“Eu até hoje nunca havia feito nenhuma manifestação pró-impeachment, me mantive na neutralidade, entendendo que até aqui os fatos deveriam ser avaliados e julgados pelo Congresso Nacional. Mas, depois do que assisti e ouvi hoje, em Brasília, sem sequer estar ouvindo, ele, Bolsonaro, claramente afronta a Constituição, ele desafia a democracia e empareda a Suprema Corte brasileira", disse Doria no Centro de Operações da PM (Copom), onde monitora o esquema especial de policiamento das manifestações.
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