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 Depois de três semanas, rubro-negros e atleticanos se reencontraram com time carioca muito melhor do que no primeiro confronto

Por Rafael Oliveira 

Arrascaeta e David Luiz comemoram o gol do uruguaio no Maracanã (foto Alexandre Cassiano)

Apenas três semanas separaram os dois jogos entre Flamengo e Atlético-MG pela Copa do Brasil. Mas a julgar pela mudança do rubro-negro neste período, mais parece que foram seis meses. A equipe em crise que não conseguia reencontrar o bom futebol do passado recente deu lugar a um time que, embora tenha suas limitações, deu um salto evolutivo. A vitória por 2 a 0 no Maracanã lotado confirma esta mudança. Menos pelo resultado, que garantiu a vaga nas quartas de final, e mais pela atuação.

Foi a vitória de um Flamengo que se impôs na maior parte do tempo sobre um dos melhores times do país e campeão da última edição do torneio. Mérito do trabalho desenvolvido por Dorival Júnior neste pouco mais de um mês no comando. O treinador conseguiu recuperar jogadores e encontrar uma forma para a equipe jogar.
O principal feito é, sem dúvidas, fazer Gabigol e Pedro atuarem juntos. O que por duas temporadas e meia pareceu impossível agora soa natural. A facilidade do camisa 9 em se movimentar pelos lados e retornar para a área e a qualidade do centroavante, muito longe de ser só um finalizador, deram liga.

Nesta quarta, Gabigol esteve um pouco abaixo dos outros companheiros de frente. Mas nada que comprometesse. Pedro, por sua vez, foi decisivo. Participou dos dois gols e, mais uma vez, mostrou repertório. No primeiro, aos 45 da etapa inicial, ganhou de Alan no corpo e deu ótimo passe para Arrascaeta, de carrinho, tirar de Everson.

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No segundo gol, aos 18 da etapa final, desviou a bola para Arrascaeta concluir de cabeça e ainda provocou a falta que originou o lance. Só não fez também o seu porque o goleiro atleticano defendeu à queima-roupa.

No meio, Everton Ribeiro e Thiago Maia também cresceram e foram importantes na vitória desta quarta. O armador pela primeira vez vem rendendo bem jogando numa área mais central. E continua aparecendo bem pela direita, numa movimentação com Rodinei — outro que subiu de produção — que confunde a marcação adversária.

Já Thiago Maia formou uma dupla com João Gomes soberana na marcação. No primeiro tempo, os dois não deixaram o Atlético-MG construir em momento algum. Na etapa final, quando os mineiros se tornaram mais proativos, a missão deles foi um pouco mais difícil. Ainda assim, se saíram bem

Atrás, além de Rodinei vale destacar o crescimento de Léo Pereira. O zagueiro irregular de tempos atrás tem mostrado uma segurança tardia, mas bem-vinda. Contra o Atlético-MG, somou mais uma boa atuação a este histórico positivo recente.

Só não brilhou mais que David Luiz. O zagueiro parece ter aprendido a jogar contra Hulk. Antecipou-se ao atacante e o anulou.

Quem brilhou, mas não representa nenhuma novidade, é Arrascaeta. Além dos dois gols, apareceu muito bem pelos dois lados. Com as duas bolas na rede de ontem, chegou a nove (além de 13 assistências) em jogos de mata-mata, o que mostra como ele reage bem a partidas decisivas.

Trabalhamos muito durante a semana para isso que aconteceu hoje. Não ganhamos nada, mas demos um passo importante. Com certeza saímos fortalecidos deste jogo — comentou o uruguaio.

O adversário do Flamengo nas quartas só será conhecido na terça-feira, quando a CBF fará o sorteio dos confrontos e mandos de campo. O duelo começa na última semana de julho.
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