O que está sendo planejado (Por-Ricardo Noblat)
Do bolso dele, naturalmente, não sairá um tostão – raramente
sai, só entra. Desta vez, o cartão corporativo que financia todos os seus
gastos lícitos e outros menos não pagará nenhuma despesa. Para o desfile
militar, há verbas previstas no Orçamento da União.
Para despesas paralelas que possam transformar o desfile num
comício bolsonarista em Brasília e no Rio, ele conta com a ajuda dos seus fiéis
devotos. Todos esperam ser ressarcidos no futuro pelos favores prestados à luta
do bem contra o mal do comunismo.
Ruralistas, segundo a Folha de São Paulo, deverão enviar 28
tratores para participar do 7 de setembro em Brasília, além de um carro de som.
Os tratores desfilarão junto com os militares para mostrar a pujança do
agronegócio que apoia a reeleição dele.
O carro de som ficará do lado oposto ao desfile. Se
bolsonaristas comparecerem em grande quantidade, e é o que se espera, de cima
do carro o presidente lhes falará, sobre o quê talvez só ele saiba. Um
discurso, certamente, repleto de “forças de expressão”.
Caberá aos pastores e denominações evangélicas (você leu
denominações, não demonizações) arcar com os custos da motociata no Rio,
transporte das ovelhas, bandeirinhas do Brasil em profusão e talvez um carro de
som, se necessário.