No dia 5 de agosto, a ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem cinco dias para se manifestar sobre a mudança de local do desfile cívico-militar no Rio de Janeiro, em 7 de setembro.
Jair Bolsonaro quer que desfile de 7 de setembro seja na orla da praia de Copacabana (Foto: EVARISTO SA/AFP via Getty Images)Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentam convence-lo
de desistir de mudar o desfile cívico-militar de 7 de setembro para a orla da
praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Tradicionalmente, o evento acontece no
Centro da cidade, na Avenida Presidente Vargas.
Segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, tanto a
cúpula das Forças Armadas quanto o núcleo político da campanha do presidente
acreditam que a alteração do local não é uma boa ideia.
Entre os apoiadores da tentativa de demover Bolsonaro da
ideia está o vice na chapa, o general Walter Braga Netto.
Aliados acreditam que há dois principais riscos na mudança de
local do desfile. O primeiro é a dificuldade de montar um aparato de segurança
adequado em Copacabana. O prazo para a alteração de todo o planejamento é
curto, o que preocupa os envolvidos. Na avaliação de pessoas próximas ao
presidente, uma falha pode comprometer a segurança tanto de Bolsonaro quanto do
público presente.
Outro problema avaliado é a transformação do evento em
político-partidário. No Rio de Janeiro, é em Copacabana que os apoiadores de
Bolsonaro costumam se reunir em manifestações de apoio ao presidente.
Levar o desfile de 7 de setembro para o mesmo local daria um
tom partidário para a celebração da independência do país. Caso haja um público
menor que o esperado, o evento pode ser considerado como um fracasso para
Bolsonaro.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou que
o desfile continuará acontecendo no centro da cidade.
Cármen Lúcia pede
pronunciamento
No dia 5 de agosto, a ministra Carmen Lúcia, do Supremo
Tribunal Federal, estabeleceu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem cinco
dias para se manifestar sobre a mudança de local do desfile cívico-militar no
Rio de Janeiro, em 7 de setembro.
A ação foi apresentada pelo STF pela Rede Sustentabilidade,
que se manifestou contra a alteração do local, sob argumento de que a mudança
tem caráter político-eleitoral, e não técnica.