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Por André de Souza — Brasília

Ministra do STF Rosa Weber 02/06/2022 foto Divulgação

O Supremo Tribunal Federal (STF) elegeu nesta quarta-feira a ministra Rosa Weber para ser a nova presidente da Corte. A eleição, realizada entre os 11 integrantes do STF, é uma formalidade, uma vez que a tradição é apontar o ministro mais antigo que ainda não tenha presidido o tribunal, posição hoje ocupada por Rosa. Em discurso após a eleição, a ministra se disse honrada e afirmou que vai defender a Constituição e a democracia.

Rosa assumirá o comando da Corte em setembro, e vai ficar por um ano no cargo, quando completará 75 anos, idade pela qual é obrigada a se aposentar. Normalmente, um ministro fica dois anos no comando do STF.

 Em especial, nesses tempos tumultuados que estamos vivendo, o exercício deste cargo é um imenso desafio, como Vossa Excelência pode atestar, ministro [Luiz] Fux [atual presidente do STF]. Vou procurar desempenhá-lo com toda a serenidade e com a certeza do apoio de Vossas Excelências, que para mim será fundamental, e sempre na defesa da integridade, e na soberania da Constituição e do regime democrático — disse Rosa

O ministro Luís Roberto Barroso também foi escolhido vice-presidente da Corte. Rosa o elogiou, chamando-o de generoso, competente e amigo, e disse ter sorte de tê-lo a seu lado.

Rosa reconheceu que, pela tradição, seria ela mesma a escolhida para ser presidente da Corte. Ainda assim, se disse honrada e "absolutamente sensibilizada pelo voto de confiança".

 Sabemos todos que atos de eleição em tribunais para cargos de administração são atos de rotina. Isso, todavia, não ofusca de forma alguma a simbologia deste momento. Apenas a meu juízo realça o que realmente importa: a instituição, a instituição Supremo Tribunal Federal, que sobremaneira sobre todos nós. Na verdade é a ideia matriz que está na Bíblia, Eclesiastes, uma geração vem, outra geração vai, mas a terra permanece — afirmou Rosa.

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