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O YouTube decidiu derrubar o vídeo da live que Jair Bolsonaro fez em 18 de julho com embaixadores, no Palácio da Alvorada, quando mentiu sobre o sistema eleitoral brasileiro, inventando que houve fraudes na eleição de 2014. A remoção, segundo a plataforma confirmou à coluna, ocorreu devido a uma atualização feita nesta quarta-feira (10/8) na política de integridade eleitoral do YouTube.

Procurado pela coluna, o YouTube afirmou que serão removidos todos os vídeos que incluírem “informações falsas sobre fraudes generalizadas, erros ou problemas técnicos que supostamente tenham alterado o resultado” das eleições de 2014.

Durante o encontro de 18 de julho, Bolsonaro pôs a segurança do processo eleitoral em dúvida, criticou decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e apontou supostas fraudes nas urnas eletrônicas, sem apresentar nenhuma prova que embasasse suas afirmações. O presidente afirmava no vídeo que ocorreram fraudes em 2014 para beneficiar Dilma Rousseff e prejudicar Aécio Neves, o que é falso.

“O YouTube é uma plataforma de vídeo aberta e qualquer pessoa pode compartilhar conteúdo, que está sujeito a revisão de acordo com as nossas diretrizes de comunidade. (…) Já a política de integridade eleitoral do YouTube proíbe conteúdo com informações falsas sobre fraude generalizada, erros ou problemas técnicos que supostamente tenham alterado o resultado de eleições anteriores, após os resultados já terem sido oficialmente confirmados. Essa diretriz agora também se aplica às eleições presidenciais brasileiras de 2014, além do pleito de 2018”, afirmou a plataforma, em comunicado enviado à coluna.

Não foi a única alteração feita hoje nas políticas do YouTube. Também foram removidos vídeos que colocam em xeque se Jair Bolsonaro foi ou não alvo de uma facada em 2018, durante a campanha eleitoral. Esta foi uma atualização na política de combate aos discursos de ódio.

“Nossa política de discurso de ódio proíbe conteúdo que negue, banalize ou minimize eventos históricos violentos, incluindo o esfaqueamento de Jair Bolsonaro. O discurso de ódio não é permitido no YouTube, e removeremos material sobre o esfaqueamento de Jair Bolsonaro que viole esta política se não fornecer contexto educacional, documental, científico ou artístico no vídeo ou áudio”, afirmou o mesmo comunicado.

O YouTube já proíbe, em combate a discursos de ódios, vídeos que questionam a ocorrência do holocausto ou criam mentiras em torno do assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos, por exemplo.

Nenhuma dessas remoções representará um strike do canal que a publicou, ou seja, o canal não será penalizado, já que o YouTube entende que o usuário não errou ao publicar com as regras até então vigentes.

Será dada uma tolerância de 30 dias que não derrubará o canal de quem, nesse período, publicar novos conteúdos com mentiras sobre as eleições ou questionando a facada de Bolsonaro. O conteúdo, porém, será imediatamente removido, assim que identificado pela plataforma.

Após os 30 dias de tolerância, passa a vigorar o tradicional sistema de punições do YouTube e quem publicar conteúdo considerado pela plataforma como uma violação de suas regras pode receber um alerta, ser punido temporariamente ou até ter seu canal banido definitivamente.

Durante lives semanais, o chefe do Executivo federal acusou o TSE de “carimbar como confidenciais” sugestões dos militares para aprimorar a segurança das urnas eletrônicas e voltou a colocar em dúvida a segurança do sistema de contagem dos votos. 

Desde eleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem travado grandes embates com a Justiça Eleitoral. Ele é, juntamente com aliados, uma das principais vozes no questionamento do processo brasileiro Felipe Menezes/Metrópoles

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