Texto conta 238 assinaturas até o momento; Procuradores do MPF divulgaram texto semelhante nesta sexta-feira
Um grupo de delegados da Polícia Civil divulgou, nesta
quinta-feira, uma carta aberta em defesa da democracia. No momento, o texto
conta com 238 assinaturas.
Manifesto: Grupo de 41 procuradores do MPF divulga carta
aberta em defesa da democracia e de eleições pacíficas
Entre os nomes que assinaram o documento estão o de Domingos
Paulo Neto, ex-delegado-geral de Polícia de São Paulo, e o de Mauro Marcelo de
Lima e Silva, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência.
"Os subscritores da presente Carta, conscientes do papel
institucional do delegado de polícia de ser o primeiro garantidor da legalidade
e da justiça, manifestam a crença nos valores da democracia e da cidadania,
rechaçando qualquer tentativa de desrespeito à ordem constitucional ou arroubos
autoritários", diz o texto, compartilhado em uma plataforma online de
abaixo-assinados.
O documento define a ditadura militar como um período em que
havia "censura, prisões arbitrárias, torturas e mortes de opositores
políticos, isto é, o mais completo autoritarismo".
"Nós Delegados de Polícia reafirmamos nossa disposição
pela luta para garantia e defesa do Estado Democrático de Direito, pelo
respeito aos três Poderes, bem como do processo eleitoral, que representa a
vontade do povo e assim deve ser acatada", conclui o texto.
Nesta sexta-feira, um grupo de 41 procuradores do Ministério
Público Federal, capitaneado pelo procurador federal dos Direitos do Cidadão
Carlos Alberto Vilhena, divulgou outra carta aberta que segue a mesma linha do
documento dos delegados.
No documento, eles condenam a violência política durante o
processo eleitoral e dizem que a Constituição "não autoriza o uso das
forças armadas contra quaisquer dos poderes da República, e toda insinuação
nesse sentido, além de leviana, é inconstitucional e atentatória ao Estado
Democrático de Direito".
Manifesto: 'Não deveríamos estar discutindo a urna
eletrônica, e sim uma agenda para o país', diz presidente da Fiesp
"Nós, que formamos o Sistema PFDC, estamos cientes do nosso papel constitucional de defesa do exercício da cidadania. Desse modo, permanecemos vigilantes e prontos a contribuir com os demais órgãos e instituições de Estado, especialmente com o Ministério Público Eleitoral, na fiscalização de abusos e ilícitos eleitorais, principalmente aqueles que violem direitos humanos e ameacem a ordem democrática", afirmam